“A INCLUSÃO VENCEU! Essa é uma vitória de toda a sociedade, principalmente das mães e pais atípicos”, agradeceu a vereadora Thay Evangelista.
A Thay Evangelista assegurou o seu voto em favor da educação inclusiva. “Votamos pela derrubada do veto e a favor de uma educação inclusiva, com respeito e dignidade para nossas crianças”, garantiu a vereadora.
Tanto para Thay quanto para Neto Evangelista, a luta pelos excluídos fazem parte de suas vidas e continuarão seguindo em busca de vitórias. “Seguiremos nessa luta, com o papel de fiscalizar e garantir que esse direito seja vivenciado na prática”, revelou Thay Evangelista. 🙌🏼
Por fim a vereadora Parabenizou seu colega, o vereador Daniel Oliveira pela iniciativa brilhante.
O financiador dos Marinhos na disputa pela Prefeitura de Caxias, o tão conhecido Josimar de Maranhãozinho – que queria a todo custo ter o controle financeiro da Princesa do Sertão, caso Paulo Marinho Junior fosse o vencedor -, agora se encontra num maior rabo de foguete após a Polícia Federal ter oferecido a Procuradoria Geral da República conversas nada republicada de três deputados tratando de repasses de emendas para o município de São José de Ribamar – Ma.
Mesmo sabendo das presepadas, os Marinhos não queriam lagar o homem que garantiria a tão sonhada vitória. Os Marinhos, principalmente Paulo Marinho Junior, eram sabedores de que a Procuradoria, em 2020, já tinha conhecimento que Josimar Maranhãozinho (PL-MA), Pastor Gil (PL-MA) e Bosco Costa (PL-SE), queriam propina do prefeito de Ribamar, Eudes Sampaio Nunes, para liberação de recursos federais.
Para piorar a situação do financiador da campanha de Paulo Marinho Junior em Caxias, a denúncia feita garante que o líder era Josimar de Maranhãozinho, que em outra apuração chegou a ser flagrado com maços de dinheiro.
“Os elementos informativos demonstram, portanto, que os denunciados formaram organização criminosa, liderada por Josimar Maranhãozinho, voltada à indevida comercialização de emendas parlamentares”, diz a PGR.
Uma das primeiras conversas citadas ocorreu entre Josimar e agiota Josival Cavalcanti, conhecido como “Pacovan”, um dos braços da suposta organização criminosa. Ainda em novembro de 2019, ambos tratam abertamente das emendas investigadas.
Já em dezembro, Pastor Gil consulta Josimar sobre quais municípios deveriam receber recursos de emendas parlamentares. A resposta foi para “deixar 1. 048. 000 para São José de Ribamar”, o que, de acordo com os autos, de fato ocorreu.
Mais adiante no mesmo mês, Josimar Maranhãozinho conversa com o deputado Bosco Costa, que lhe envia a lista de municípios habilitados, por meio da Portaria n. 3.673/2019, a receber recursos de emendas parlamentares. Como São José de Ribamar/MA não estava contemplada, Josimar lhe pede que dê solução ao problema.
Depois da autorização das emendas, o foco passou a ser a solicitação de propina, cuja missão foi incumbida a Pacovan.
Segundo a PF, ele seria o responsável por emprestar dinheiro à organização criminosa e cobrar do prefeito a devolução de parte dos recursos federais oriundos de emendas.
Em um dos diálogos com Josimar, Pacovan sugere que seja destinado àquele município a maior quantidade possível de recursos.
Pacovan também aparece em diálogos com Josimar falando para mandar “o empenho e a tela como os valores de Ribamar”.
Segundo os autos, depois de solicitada a propina, o prefeito de São José do Ribamar, José Eudes, se recusou a realizar o pagamento, dizendo a Pacovan que as emendas não teriam sido patrocinadas por Josimar, mas por outra liderança.
É nesse contexto que Pacovan envia a Josimar mensagens pedindo para lhe telefonasse, questionando quem seria essa liderança que fez a indicação das emendas. “Me liga urgentemente que estou na Prefeitura de Ribamar”, afirma.
Depois de negativas do prefeito, tanto Josimar quanto Pastor Gil teriam entrado na articulação com Eudes. Já em 2020, Pastor Gil informa a Josimar que o prefeito teria ligado para agendar uma reunião, em que seria tratado o assunto das emendas parlamentares.
O fato teria sido tratado por Pacovan, em mensagem enviada a Josimar dizendo que foi “atrás do prefeito”, mas que ele teria corrido “com medo”.
Zanin coloca em pauta
O ministro Cristiano Zanin, do Supremo Tribunal Federal (STF), ordenou a inclusão em pauta da denúncia contra os deputados oferecida pela Procuradoria-Geral da República. A previsão é para 25 de fevereiro.
“Inclua-se o feito em pauta de julgamento, a fim de que se delibere sobre a denúncia ofertada pela Procuradoria-Geral da República e sobre os demais pedidos”, diz decisão de Zanin na terça-feira (4).
Na denúncia, a PGR cita a participação de um lobista e de um agiota no esquema de desvios de emendas parlamentares. (Metrópoles).
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou uma ordem executiva proibindo mulheres trans de competir em esportes femininos, uma medida que pode impactar escolas e competições profissionais em todo o país.
Intitulada “Mantendo Homens Fora dos Esportes Femininos”, a ordem impõe penalidades às instituições que não cumprirem.
“A partir de agora, os esportes femininos serão apenas para mulheres”, declarou Trump antes de assinar a ordem na quarta-feira, que coincidiu com o Dia Nacional das Meninas e Mulheres nos Esportes.
“Retiramos a loucura woke de nossas forças armadas, e agora estamos retirando dos esportes femininos”, disse ele, referindo-se a ações recentes de sua administração para remover iniciativas de diversidade, equidade e inclusão (DEI) das forças armadas.
Trump também anunciou que sua administração bloquearia atletas transgêneros de competir em eventos internacionais realizados nos EUA, incluindo as Olimpíadas de Los Angeles de 2028 e a Copa do Mundo.
“Em Los Angeles em 2028, minha administração não vai ficar parada assistindo homens vencerem e agredirem atletas femininas. Não vamos permitir que isso aconteça”, disse Trump. “Só para garantir, também estou instruindo nosso secretário de segurança interna a negar qualquer solicitação de visto feita por homens que tentem entrar fraudulentamente nos EUA se identificando como atletas femininas.”
Rodeado por mulheres e jovens atletas femininas, Trump declarou: “A guerra contra os esportes femininos acabou.”
A participação de atletas transgêneros em esportes femininos gerou debates, com alguns argumentando que isso ameaça a justiça das competições femininas. Outros defendem que atletas transgêneros devem ser incluídos com base na identidade de gênero, e não no sexo atribuído ao nascimento.
Nas Olimpíadas de Verão de 2024 em Paris, as boxeadoras Imane Khelif, da Argélia, e Lin Yu-ting, de Taiwan, estiveram no centro de controvérsias sobre verificação de gênero nos esportes, enquanto o Comitê Olímpico Internacional defendeu sua participação.
Em 2022, a nadadora transgênero Lia Thomas venceu os 500 metros estilo livre da NCAA, gerando debates sobre a justiça.
Em 2023, a World Athletics proibiu mulheres transgêneras que passaram pela puberdade masculina de competir em competições femininas de classificação mundial. O presidente da World Athletics, Sebastian Coe, afirmou que a decisão priorizou a justiça para atletas femininas.
A ordem executiva de Trump faz parte de um esforço mais amplo de sua administração visando indivíduos transgêneros, incluindo esforços para reverter proteções e limitar o atendimento de afirmação de gênero. No seu primeiro dia no cargo, Trump assinou uma ordem reconhecendo apenas dois gêneros – masculino e feminino.
Advogados LGBT e grupos de direitos civis argumentam que a medida mais recente impacta negativamente os jovens transgêneros e pode violar leis antidiscriminação.
Desafios legais são esperados. Algumas das diretrizes anteriores de Trump foram bloqueadas por juízes federais. A validade da ordem mais recente pode depender da interpretação do Título IX, um estatuto de direitos civis que proíbe discriminação baseada em sexo em programas educacionais financiados pelo governo federal.
A secretária de imprensa da Casa Branca, Karoline Leavitt, defendeu a decisão, afirmando que ela “mantém a promessa do Título IX.”
O prefeito Gentil Neto adotou gerir Caxias “in loco” diretamente dos órgãos públicos municipais, dos lougradouros, das ruas, das avenidas, das praças, dos bairros e da Zona Rural, mostrando, com isso, está atento a tudo e, principalmente, acompanhado os trabalhos desenvolvidos.
Só quem ganha é a cidade e sua gente, que tem o próprio prefeito fiscalizando e buscando mais e mais melhorias. Essa postura de Gentil Neto e de seus auxiliares, é fundamental para que a máquina pública seja eficiente.
Por isso, Gentil Neto se fez presente na Guarda Municipal. “Visitei hoje a Guarda Municipal de Caxias para acompanhar de perto o sistema de câmeras de monitoramento, que receberá reforço para o Carnaval”, garantiu o prefeito.
Gentil Neto quer dar mais condições de trabalho à Guarda Municipal e afirmou: “Em breve, a guarda receberá mais viaturas e o tão esperado armamento. Também já foi iniciada uma reforma e ampliação, incluindo uma sala de armamento, para melhor funcionamento e segurança do espaço.”
O deputado federal Hildo Rocha (MDB) usou a tribuna da Câmara Federal, nesta quarta-feira (5), para exaltar a decisão da Advocacia-Geral da União (AGU) e da Procuradoria-Geral da República (PGR), que emitiram pareceres favoráveis à reeleição da deputada Iracema Vale (PSB) à presidência da Assembleia Legislativa do Maranhão. Na ocasião, o parlamentar afirmou que o deputado Othelino Neto e o seu partido, o Solidariedade, cometeram litigância de má-fé ao ajuizarem uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) no Supremo Tribunal Federal (STF) contra o critério de desempate por idade, que consagrou Iracema Vale reeleita para a função.
Segundo Hildo Rocha, Othelino Neto teve plena intenção apenas de criar um clima de instabilidade dentro da Assembleia Legislativa. “Ele já foi quatro vezes deputado estadual e duas vezes presidente da Casa. Por que então ele nunca alterou o regimento antes?”, questionou Rocha, acrescentando ainda que Othelino só o fez agora porque empatou com Iracema Vale e que o critério de desempate favorecia a atual presidente da Casa, que tem maior idade.
Hildo Rocha lembrou que o Regimento Interno da Assembleia Legislativa do Maranhão está em vigor desde 1991, ou seja, há mais de 30 anos, valendo o mesmo critério de desempate em todas as eleições da Casa.
“E, agora, a AGU e a PGR deram seus pareceres considerando constitucional a forma realizada pela Alema, atestando que era exatamente o que deveria ter sido feito”, ressaltou Hildo Rocha.
Um servidor , que estava na galeria da Câmara de Vereadores de São Luís, lotada de colegas de trabalho, deu ao vereador Douglas Pinto (PSD) uma resposta bem dada, conforme a foto acima.
Pois o vereador, querendo ser fiel ao prefeito Eduardo Braide, votou a favor do veto do prefeito que ia contra o aumento salarial dos servidores públicos de São Luís.
Por isso, vereador, aprenda a aprender que uma coisa é uma coisa e outra coisa e outra coisa, ou seja, não vote contra o povo a favor do prefeito!!!
Ah!!! Outra coisa que deve ser observada: O custo de vida com o aumento assustador dos alimentos, com certeza seria uma louvável justificativa para ir a favor do aumento dos servidores…
Dino libera repasse de emendas parlamentares para 9 entidades
O ministro Flavio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu nesta terça-feira (4) liberar o pagamento de emendas parlamentares a nove entidades, todas ligadas às áreas de saúde, pesquisa e educação.
Na segunda, Dino havia suspendido os repasses a duas entidades: Associação Moriá e Programando o Futuro. Em nova decisão nesta terça, o ministro ressaltou que as duas permanecem com os recursos bloqueados, mas que outras nove organizações não têm impedimento para receber o dinheiro.
O ministro afirmou que, em relação a sete entidades, “não existe, no atual momento, impedimento de repasses de emendas pelos ministérios setoriais”. A decisão foi tomada com base em relatório da Controladoria-Geral da União (CGU).
São elas: Avante Brasil, Eventos, Capacitação, Projetos Científicos e de Inovação Tecnológica; Fundação Faculdade de Medicina; Fundação de Empreendimentos Científicos e Tecnológicos (Finatec); Irmandade da Santa Casa da Misericórdia de Santos; Instituto Práxis de Educação, Cultura e Assistência Social; Instituto do Câncer de Londrina; Instituto de Incubação e Aceleração.
No caso de outras duas entidades – Fundação de Apoio ao Desenvolvimento da Universidade Federal de Pernambuco e Instituto BR Arte – a CGU fez recomendações pelo “aperfeiçoamento” de seus sites de transparência, mas que isso não impediria o recebimento de emendas por elas.
Os bloqueios e as liberações fazem parte de uma determinação de Dino para que haja mais transparência e critérios mais claros na distribuição de emendas parlamentares – fatias do orçamento cuja aplicação é determinada por deputados e senadores.
Desde dezembro de 2022 o Supremo considera inconstitucionais emendas parlamentares que não atendam a critérios mínimos de transparência e rastreabilidade.
No ano passado, o PSOL apontou ao Supremo que algumas determinações do tribunal não estavam sendo atendidas. Os parlamentares estariam utilizando outras modalidades de emendas para viabilizar o que ficou apelidado de “orçamento secreto”, indicou a legenda.
Dino determinou em agosto a suspensão das emendas suspeitas e decidiu que os repasses somente seriam liberados conforme fossem atendidos os critérios determinados pelo Supremo.
O ministro também determinou que a CGU auditasse os repasses dos parlamentares por meio das emendas do orçamento secreto.
A liberação ou não das emendas parlamentares tem impacto em votações no Congresso, por exemplo, uma vez que tais repasses servem como instrumento de negociação política na relação entre os poderes Executivo e Legislativo.
Durante a sessão, 24 vereadores votaram pela derrubada do veto e 5 votaram pela manutenção / Fabrício Cunha
Texto: Leandro Ferreira
Em sessão extraordinária realizada na manhã desta quarta-feira (5), o plenário da Câmara Municipal de São Luís analisou o veto (VETO 0001/25) ao Projeto de Lei n° 289/2024, de autoria da Mesa Diretora da Câmara, que Emenda à Lei Municipal nº 7.701/2024, que altera a Lei Municipal nº 5.707, de 7 de janeiro de 2013.
O projeto prevê o aumento do salário do chefe do Executivo municipal de R$ 25 mil para R$ 38 mil. O reajuste salarial do prefeito impacta nos vencimentos de outras categorias do município, pois o teto para recebimento de salário do funcionalismo público é condicionado ao salário do prefeito.
Durante as discussões do veto, o vereador Raimundo Penha (PDT) ressaltou que o salário do prefeito está defasado, o que vem limitando o reajuste e a recomposição salarial de muitas carreiras do funcionalismo público. “O salário do prefeito está defasado há 16 anos e isso vem engessando todas as carreiras de funcionários”, disse.
Entre as categorias que podem se beneficiar diretamente com a derrubada do veto do prefeito estão os auditores e controladores do município. Cerca de 400 funcionários podem ter os seus vencimentos reajustados.
O vereador Aldir Júnior (PL) foi um dos parlamentares que votou pela derrubada do veto e disse que os auditores e controladores desempenham uma função difícil e muito importante para o município.
“Arrecadar é tão difícil quanto manter o funcionalismo público operando todos dias. O mesmo funcionário que vai para o sol roçar, capinar e aguar as plantas nas rotatórias da nossa cidade, é o que depende da maioria desses servidores (auditores), que ficam todos os dias debruçados sobre as notas e os compromissos de nossa cidade”, afirmou Aldir Júnior.
Dos vereadores presentes na sessão, 24 votaram pela derrubada do veto e 5 votaram pela manutenção. Com a derrubada do veto ao projeto, a proposição está liberada para ser promulgada e entrar em vigor.
A queda da popularidade de Lula em janeiro — um “tombo histórico”, nas palavras do ex-presidente do PT José Dirceu — assustou o Palácio do Planalto e o partido.
Um dos pontos que gera especial preocupação no governo é o impacto da piora da avaliação no Nordeste, região que se tornou um bastião petista nas disputadas presidenciais desde 2006 — e a única em que Lula derrotou o ex-presidente Jair Bolsonaro em 2022.A vitória larga no Nordeste, em que Lula recebeu 69,3% dos votos válidos, cerca de 12,5 milhões a mais do que Bolsonaro, foi determinante para sua eleição apertada nacionalmente (50,9% contra 49,1%), em que a diferença de votos ficou em apenas 2,1 milhões.
A pesquisa que acendeu a luz amarela no governo foi um levantamento do instituto Quaest, do final de janeiro, mostrando que a avaliação negativa do presidente superou a positiva pela primeira vez desde o início do mandato, em janeiro de 2023.
Segundo essa pesquisa, que ouviu 4.500 pessoas entre 23 e 26 de janeiro em todo o país, o percentual dos brasileiros que reprova o trabalho de Lula subiu de 47% para 49%, na comparação com dezembro. Já o dos que aprovam caiu de 52% para 47%.
A maior queda da avaliação positiva veio do Nordeste, onde o percentual de aprovação recuou de 67% para 60% no mesmo período de comparação.Nome histórico do PT e ministro de Lula em seu primeiro mandato, José Dirceu escreveu em artigo publicado na semana passada no jornal Folha de S.Paulo que “a popularidade do governo tomou um tombo histórico no meio do terceiro mandato do presidente”, ao citar os dados da Quaest.
“O mais importante: algumas das maiores perdas de aprovação se deram entre os mais pobres, os moradores do Nordeste e as mulheres, segmentos que ajudaram Lula a derrotar Jair Bolsonaro nas urnas em 2022”, continuou.
Já a governadora do Rio Grande do Norte, Fátima Bezerra (PT), disse ao jornal O Globo também na semana passada que o apoio do Nordeste a Lula não está garantido em 2026. Ela cobrou mais presença do governo na região e “muita atenção para os investimentos previstos para corresponder às expectativas da população”.
A BBC News Brasil conversou com analistas políticos nordestinos e eleitores de Lula na região para entender a piora do humor com o governo.
O principal fator apontado é a menor capacidade de consumo, com o aumento da inflação, em especial dos alimentos, e a alta de impostos pesando no bolso da população, a exemplo da taxação das importações adotada em julho, conhecida como “taxa das blusinhas”.
Especialistas apontam também a dificuldade do governo em dialogar com trabalhadores informais e pequenos profissionais liberais, comuns na região que tem a maior taxa de desemprego do país — 8,7% no terceiro trimestre de 2024, segundo o dado mais recente do IBGE, contra 6,4% na média nacional.A cientista política Monalisa Torres, professora da Universidade Estadual do Ceará (UECE), nota que o eleitor lulista do Nordeste vota no petista, principalmente, por causa dos bons resultados sociais e econômicos dos seus primeiros governos, e não pelas ideias progressistas da esquerda.
Hoje, no entanto, ela vê dificuldade para Lula repetir o desempenho dos primeiros mandatos. Para Torres, o cenário é mais desafiador agora, citando como exemplo a disputa com o Congresso pelo controle do Orçamento, após a forte expansão das emendas parlamentares.
“Havia muita expectativa num governo que entregou muito em outro momento e, agora, a despeito das promessas, não consegue entregar os mesmos resultados. Isso gera frustração e impacta a avaliação”, avalia.
Para ela, a forte polêmica que atingiu o Pix em janeiro também pode ter afetado a popularidade de Lula.
No início do ano, a Receita Federal ampliou o monitoramento das transações por Pix e cartão de crédito, com objetivo de combater transações ilícitas. Com a mudança, todas as instituições financeiras, inclusive bancos virtuais e aplicativos de pagamentos, teriam que reportar movimentações que somassem mais de R$ 5 mil no mês, no caso de pessoas físicas, e mais de R$ 15 mil, no caso de empresas.
Antes, o monitoramento já ocorria, mas apenas em instituições financeiras tradicionais, como bancos e cooperativas de crédito.
A medida, porém, passou a ser vista como uma ameaça à população. Lideranças bolsonaristas, como o deputado Nikolas Ferreira (PL-MG), espalharam a informação falsa de que o governo poderia taxar o Pix — meio de pagamento gratuito que se popularizou no país.
Em vídeo que atingiu mais de 300 milhões de visualizações, Ferreira disse que os mais afetados seriam trabalhadores informais, como ambulantes, feirantes e entregadores.
Apesar de a informação sobre a taxação do Pix ser falsa, o impacto foi tamanho que o governo recuou da ampliação do monitoramento.
Para Torres, houve uma falha de comunicação da gestão Lula em explicar melhor a medida. Na sua leitura, isso foi intensificado porque já havia um aumento do desconforto com o governo após medidas como a taxação das importações online, em sites como Ali Express, Shein e Shopee.
Nikolas Ferreira inclusive associa as duas medidas em seu vídeo sobre o Pix. “O Pix não será taxado. Mas é bom lembrar que a comprinha da China não seria taxada e foi”, ironizou o deputado.’Nunca um governo cobrou tanto imposto’, reclama paraibano
‘Nunca um governo cobrou tanto imposto’, reclama paraibano
Morador de Camalaú, no interior da Paraíba, Marcos Farias, de 21 anos, é um dos eleitores de Lula que sentiu o peso da “taxa das blusinhas”
Ele contou à BBC News Brasil que votou no petista em 2022, influenciado por parentes e pela memória de tempos bons para sua família na sua infância, nos primeiros governos do atual presidente.
Além disso, diz que não gostava “das ideias radicais e malucas” de Bolsonaro e queria uma mudança. Hoje, porém, reclama do impacto em seu bolso.
“Eu votei no Lula e confesso que estou insatisfeito com o governo, em parte por conta de impostos altos. Nunca um governo faturou tanto e cobrou tanto da população”, critica.
Estudante do curso técnico de Análise e Desenvolvimento de Sistemas, Farias era ávido consumidor de importados da China antes da taxação.
Ele checou seu registro de compras no Ali Express e contou à reportagem que consumiu 38 produtos entre 2021 e 2023, entre partes de computador, acessórios como teclados e mouses, e itens para produção musical, um hobby seu. Algumas peças ele revendia após pouco uso para comprar itens novos. Mas, desde que os impostos subiram, em julho de 2024, fez duas compras apenas.
A taxação das importações online atendeu a uma demanda das empresas de varejo brasileiras que reclamavam de pagar impostos altos no Brasil e competir com produtos que entravam no país sem tributação.
A proposta partiu do Congresso Nacional, por pressão desse setor, mas acabou encapada pelo governo Lula, que sancionou a nova lei.
O governo argumentou que já havia previsão de taxa sobre as importações de pessoas físicas, mas, na prática, os sites internacionais driblavam essa cobrança. E, dado o forte crescimento das compras online, a Receita Federal não conseguia fiscalizar.
Com as novas regras, as empresas tiveram que aderir ao sistema de remessa conforme, em que o imposto é cobrado do contribuinte no momento da venda. Assim, produtos de até US$ 50 (cerca de R$ 290) passaram a sofrer tributação de 20%, e compras acima desse valor passaram a ser taxadas em até 60%.
Além disso, o novo sistema também facilitou a cobrança do ICMS pelos Estados. A alíquota para importação online está em 17%, mas vai subir para 20% em abril.
Farias diz que reduziu seu consumo porque não consegue encontrar produtos com a mesma qualidade num valor atraente no Brasil. Por enquanto, ele adiou a troca do seu teclado.
“Eu uso um teclado [modelo] AULA-F75. Antes conseguia comprar por 300 e poucos reais. Agora, ele fica cerca de R$ 860 em época de alta de preço. Quando tem promoção, dá para achar por uns R$ 600”, compara.
Para o economista Pedro Menezes, analista político do jornal baiano A Tarde, a taxação das importações acabou afetando também pequenos negócios e trabalhadores informais, numerosos no Nordeste, aumentando o mau humor desse segmento com o governo.
Ele nota que, embora a medida tenha ficado conhecida como “taxa das blusinhas”, ela impactou a compra de itens mais caros, como equipamentos e eletrônicos usados por esses profissionais, itens que nem sempre têm substituto nacional.
Na sua visão, era justo instituir alguma taxação sobre essas importações online, devido à tributação dos produtos nacionais, mas a alíquota deveria ter sido menor.
“Não fazia sentido que essa importação não fosse taxada, mas o jeito que foi feito tornou a pequena importação proibitiva”, ressalta.
Dúvidas sobre novo voto em Lula
Mas o paraibano Marcos Farias diz que a redução das compras não é o único motivo da sua insatisfação com o governo. Ele também reclama da qualidade do curso de Análise e Desenvolvimento de Sistemas, que frequenta no Instituto Federal Paraíba, no campus Monteiro, cidade vizinha a sua.
Esse campus foi inaugurado por Lula, em 2009, no último ano de seu segundo mandato. Foi nas gestões dele e de Dilma Rousseff que ocorreu a maior expansão de universidades e institutos federais pelo interior do país.
Uma greve de professores dessas instituições, no ano passado, acabou atrasando o curso de Farias, que já devia estar no quarto semestre, mas vai concluir o terceiro em março.
Ele entende que os problemas de agora refletem cortes no orçamento da Educação no governo Bolsonaro, mas diz que esperava uma recuperação mais rápida no governo Lula.
“Alunos de anos anteriores me falaram que o curso era bem mais estruturado. Nos últimos anos, o campus de Monteiro perdeu bons professores que saíram para ganhar mais em cidades maiores. Isso piorou o curso”, constata.
“A gente sabe que teve bastante corte de verbas no governo anterior. Porém, o governo novo prometeu trazer de volta essa verba e até agora a gente não está vendo”, reclama ainda.
Apesar da insatisfação, Farias diz que um novo voto em Lula em 2026, caso ele tente a reeleição, não está descartado. Por outro lado, ele tem certeza de que não votaria em alguém alinhado a Bolsonaro.
“O meu sentimento ainda anda muito ambíguo. Eu estou passando por uma gestão ruim de Lula agora, porém eu tive uma gestão muito boa dele na infância. Acho que [meu voto em 2026] dependeria de quem seria o concorrente dele”, afirma.
O sentimento de Farias é similar ao do advogado Yago Pereira da Silva, que mora em São Lourenço da Mata, na região metropolitana de Recife.
Ele contou à reportagem que também votou em Lula em 2022 pelo desempenho dele nos primeiros mandatos e as políticas públicas focadas nos mais pobres, além da rejeição a Bolsonaro.
“Muitos amigos meus se formaram pelo Fies”, exemplifica, citando o programa que financia faculdade particular para estudantes de baixa renda criado pelo governo Fernando Henrique Cardoso, mas expandido nos primeiros governos do petista.
Agora, porém, ele reclama da inflação alta, e diz que não garante voto em Lula em 2026.
“Principalmente na questão alimentação, a alta de preços gerou um desconforto aqui na família. O café subiu muito, arroz e feijão também”, se queixa.
“Eu torço, sinceramente, para que esses dois últimos anos de governo sejam excelentes. Hoje eu não votaria nele [Lula], esperaria mais um pouco para tirar minha conclusão”, pondera.
A reação do governo
O governo Lula começou o ano prometendo conter a inflação de alimentos, mas medidas ainda estão sendo estudadas.
Especialistas dizem que a questão é desafiadora porque os preços sofrem o impacto de crises climáticas, como secas mais severas, e da variação de preços no mercado internacional.
Uma das medidas já adotadas para tentar melhorar a popularidade de Lula foi mudar a estratégia de comunicação.
O publicitário Sidônio Palmeira assumiu a Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República (Secom) no lugar do deputado Paulo Pimenta (PT-RS).
O novo ministro colocou Mariah Queiroz para liderar a estratégia de redes sociais. Ela atuou na comunicação do governador de Pernambuco, João Campos (PSB), que obteve bons resultados como uma linguagem descontraída e criativa.
Dentro da nova estratégia de comunicação, as contas oficiais do presidente compartilharam na terça-feira (4/2) um vídeo de Lula vestindo um boné azul com a frase “O Brasil é dos Brasileiros”, acompanhado de efeitos sonoros similares a de um vídeo game.
Segundo o ministro de Secretaria de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, que primeiro apareceu com o boné no sábado (1/2), durante a eleição do novo comando do Congresso, a ideia foi elaborada junto com Sidônio Palmeira como resposta aos bolsonaristas que têm usado bonés vermelhos da campanha do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, com a frase “Make America Great Again” [faça os EUA grandiosos de novo].
A oposição, porém, também reagiu rápido. Na segunda-feira (3/2), parlamentares bolsonaristas usaram bonés verde-amarelos durante sessão de abertura do Congresso, com a mensagem “Comida barata novamente, Bolsonaro 2026”. Eles também ergueram pacotes de café e peças de picanha.
Vislumbrando que o uniforme escolar não é uma vestimenta casual, um tecido obrigatório a cobrir os corpos dos alunos, mas sim como um aspecto essencial para se compreender o universo escolar, que o prefeito de Caxias, Gentil Neto, uniformizará gratuitamente todos os alunos da rede de ensino municipal de Caxias.
E é com essa perspectiva, que Gentil Neto e sua competente equipe de trabalho, ver o uniforme como um estimulador ao ensino/aprendizagem, sendo complementado com unidades com ambientes prazerosos, laboratórios, climatização, merenda de qualidade, estimulo ao esporte e, principalmente, com um corpo docente qualificado.
Vale ressaltar, ainda, que o uniforme escolar refere-se a um artefato cultural que reproduz os padrões estéticos e morais, dando um sentido de estimulo para naqueles que o usam cotidianamente.
Mais uma ação que merece aplausos da Gestão Gentil Neto e de sua equipe…
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