Não é nada diferente do que fazia o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central na época de Roberto Campos Neto, e isso é um ótimo sinal

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central alertou para “a necessidade de políticas fiscal e monetária harmoniosas” em ata publicada na terça-feira, 25. É a mesma mensagem passada pelas atas do Copom nos últimos dois anos, quando o BC era presidido por Roberto Campos Neto.
A repetição da mensagem foi bem recebida pelos agentes do mercado, assim como a indicação de que os juros devem continuar subindo, ainda que em menor intensidade, a se confirmar o cenário inflacionário.
Autonomia em teste
Campos Neto foi o primeiro presidente do BC a permanecer no cargo após a mudança de presidente da República, graças à autonomia política da instituição, que entrou em vigor em 2021. Desde que a lei começou a valer o presidente da República não pode trocar de presidente do BC, a não ser em casos muito específicos. Por isso, Lula só pôde praguejar durante dois anos.
“Cavalo de pau”
Apesar de Galípolo circular com desenvoltura pelo mundo político, o Copom comandado por ele — e composto por maioria de diretores indicados por Lula — não deu margem, em suas três primeiras reuniões, a dúvidas sobre sua independência do governo Lula até agora, pois a taxa básica de juros segue subindo, contra o discurso do petista.
Lula disse que não espera um “cavalo de pau” de Galípolo, e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, se limita agora a reverberar o chefe. É preciso observar, contudo, como evolui a irresponsável tentativa do petista de recuperar sua popularidade.
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