Postado por Caio Hostilio em 07/mar/2025 - Sem Comentários
Por determinação do governador Carlos Brandão (PSB), o secretário Aparício Bandeira informou, nesta sexta-feira (7), que vai aumentar de duas para 12 o número de equipes de construtoras para o trabalho de recuperação na MA-014. A medida visa revitalizar o trecho entre Vitória do Mearim e o povoado Santeiro.
Em entrevista à TV Mirante, o secretário garantiu que em até 40 dias o trecho estará pronto para oferecer mais segurança e trafegabilidade. “Essa é uma estrada na qual temos realizado manutenção ao longo de todo o ano. Porém, após a interdição da ponte da rodovia federal entre Bom Jardim e Santa Inês, o fluxo da MA-014 aumentou muito e, com ele, os problemas. Por isso, vamos aumentar para 12 o número das equipes de construtoras na recuperação de Vitória do Mearim a Santeiro”, informou o secretário.
Mais cedo, o governador também já havia anunciado mais ações para melhorar a trafegabilidade. “Informo que a MA-014 já recebe manutenção regularmente, mas com a interdição da ponte na BR-316, o tráfego aumentou muito e agravou a conservação da via estadual. Já está em curso o projeto de federalização da MA-014, que sofre desgaste há anos devido ao tipo de solo e agora por conta da sobrecarga. Até lá, vamos intensificar os trabalhos, mobilizar mais equipes e incluir trechos ainda sem pavimentação. Teremos também uma patrulha para dar suporte aos veículos”, anunciou Brandão em suas redes sociais.
*Federalização*
O governador Carlos Brandão já apresentou, desde 2024, pedido de federalização da MA-014 ao governo federal, junto ao Ministério dos Transportes. O gestor do Executivo maranhense esteve reunido com o ministro Renan Filho, que se comprometeu a estudar a viabilidade técnica para a mudança. A medida se deve em razão da rodovia ter fortes características para se tornar uma BR.
*Ações na Baixada Maranhense*
A aceleração da recuperação da MA-014 vem se somar a outras ações que o governo do Maranhão tem assegurado à população da Baixada Maranhense, impulsionando a infraestrutura, a mobilidade e a qualidade de vida da população.
Entre as ações realizadas, destacam-se a entrega do trecho da MA-211, ligando Bequimão a Central do Maranhão, e a pavimentação da Estrada do Afoga, com 18 km na MA-339, conectando Anajatuba ao povoado Afoga. Além disso, foi iniciada a construção da estrada de 28 km entre Bequimão e São Bento, e estão em andamento as obras da Travessia da Baixada, que ligará Anajatuba a São João Batista.
Além disso, o governo também tem garantido mais efetividade no serviço de ferryboat, com ampliação do número de barcos, construção de novas rampas e acesso à internet, assim como a implantação do trecho de 19 km que liga Guimarães à praia de Araoca, o Caminho dos Poetas.
Foram entregues também a reforma do Hospital de Turilândia e uma nova estação de tratamento de água em Pinheiro. Foi lançado o programa Floresta Viva em São Bento e Anajatuba. Outras iniciativas incluem a implantação de escolas militares, areninhas esportivas, entrega de carrinhos dos programas Minha Renda e Mais Renda, ampliação de Restaurantes Populares, asfaltamento de vias urbanas e valorização da cultura local, com investimentos no São João da região.
Postado por Caio Hostilio em 07/mar/2025 - Sem Comentários
A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) apresentou sua manifestação ao Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a denúncia oferecida pela Procuradoria-Geral da República (PGR) no caso da tentativa de golpe de Estado, com pedido para que o caso vá ao plenário. “Parece ser inadmissível que um julgamento que envolve o ex-Presidente da República não ocorra no Tribunal Pleno.
E não se diz isso apenas em função da envergadura do caso, do envolvimento de um ex-presidente e de diversos ex-Ministros de Estado”, justificam os advogados. A defesa argumenta que depois de muita insistência, há poucos dias, vieram aos autos apenas recortes de alguns áudios da investigação. “O recorte disponibilizado serviu apenas para demonstrar que os autos fornecidos não contêm toda a prova produzida”, completam.
Ainda sobre acesso a documentos: “De partida, nem mesmo o espelhamento do celular do Peticionário – apreendido há quase dois anos – foi fornecido aos subscritores”. Páginas depois, os advogados dizem que receberam vários documentos, de forma excessiva, e aponta: “o intuito [era] de confundir para impedir a compreensão da acusação e, via de consequência, o exercício da defesa”. A defesa também coloca sob suspeição a postura do ministro Alexandre de Moraes. “Em diferentes momentos, há uma inegável aproximação do d. Ministro Relator com a figura dos juízes instrutores existentes em tantos outros ordenamentos.
Por exemplo, tem-se que ao receber notícia de fato, o Ministro Relator determinou de ofício a instauração de investigação, sem encaminhar a informação à Procuradoria-Geral da República. Também de ofício, o d. Ministro Relator determinou a realização de diligências e depoimentos”. Bolsonaro é um dos 34 denunciados no processo e tinha até esta quinta-feira (6) para responder à acusação. Seus advogados pediram, mais de uma vez, um prazo de 83 dias para elaborar a defesa, mas o ministro Alexandre de Moraes, relator do caso, negou os pedidos e manteve o prazo em 15 dias.
Os advogados argumentaram que a PGR levou o mesmo período de 83 dias para elaborar a denúncia. Além disso, alegaram não ter acesso a todos os documentos necessários para a defesa. Moraes, no entanto, rejeitou essa justificativa, afirmando que há “integral acesso aos autos e ao sistema” e aos elementos de prova disponíveis. O ex-presidente foi denunciado pelos seguintes crimes: Organização criminosa armada Tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito Golpe de Estado Dano qualificado pela violência e grave ameaça contra o patrimônio da União, com considerável prejuízo para a vítima Deterioração de patrimônio tombado Outros denunciados, como os ex-ministros Anderson Torres e Augusto Heleno, também tiveram o prazo para apresentar sua defesa até esta quinta-feira. Já o ex-ministro Walter Braga Netto, intimado um dia depois, tem prazo até sexta-feira (7). A diferença nas datas não representa uma extensão de prazo, mas sim uma variação conforme o momento da intimação.
Postado por Caio Hostilio em 07/mar/2025 - Sem Comentários
Em Banânia, reino da impunidade – principalmente para “criminosos de colarinho branco” -, para alguém ser preso é necessária uma dose cavalar de culpa ou, claro, desde que não faça parte dos famosos “três Ps” (preto, pobre e puta), não poder pagar por um advogado com trânsito livre em instâncias superiores, do tipo que frequenta o STF em trajes de praia.
Dos mais de 640 mil presos do Brasil, somente 11% estão trancados por homicídio. Em um país em que cerca de 40 mil pessoas são assassinadas, em média, por ano, esse número comprova que também matar, além de roubar, traficar, espancar, estuprar, corromper etc. “compensa” por aqui.
Anões do Orçamento, Navalha na Carne, TRT-SP (Juiz Lalau), Jorgina de Freitas (INSS), Fundos de Pensão, Banco Marka, Vampiros da Saúde, Zelotes, Banestado, Mensalão, Petrolão, Lava Jato… Uma rápida pesquisa na internet, sobre os maiores escândalos de corrupção envolvendo de alguma forma os cofres públicos nos últimos 20 anos, me mostrou a lista acima.
Sergio Cabral, ex-governador do Rio de Janeiro, que desviou centenas de milhões de reais, virou TikToker à beira da piscina. Os figurões flagrados pela Lava Jato – Marcelo Odebrecht, Leo Pinheiro, Antonio Palocci e companhia – estão livres, leves e soltos. Outros, ainda mais felizardos, sentados à mesa em reuniões no Planalto. E o próprio presidente da República já foi preso por corrupção e lavagem de dinheiro, tendo suas penas posteriormente anuladas por questões jurídicas.
Um levantamento do site Congresso em Foco, ano passado, com base em coleta de ações judiciais disponíveis nos sistemas de consulta pública do Supremo Tribunal Federal (STF), Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Superior Tribunal de Justiça (STF), Tribunais de Justiça dos estados e Tribunais Regionais Federais (TRF), mostrou que, dos 513 deputados federais, 111 possuíam pelo menos um processo criminal em andamento. No Senado, dos 81 senadores, 20 constavam como processados.
Falando em rachadinhas, o último escárnio protagonizado pelo conivente sistema judicial brasileiro com a criminalidade, nos chegou ontem, quinta feira, 6, no fim do dia. O deputado federal André Janones (Avante-MG), investigado por crime de peculato, firmou Acordo de Não Persecução Penal (ANPP) com a Procuradoria-Geral da República (PGR) e pagará pouco mais de 130 mil reais para ganhar uma espécie de selo “deputado limpinho em folha”.
Deltan Dallagnol
Neste sentido, observou o ex-procurador e ex-deputado federal Deltan Dallagnol: “A única coisa boa a respeito do acordo do Janones com a PGR é que agora você pode chamá-lo de criminoso sem medo de ser processado. O art. 28-A do Código de Processo Penal exige, para a celebração de um acordo de não persecução penal (ANPP), que o investigado confesse formal e detalhadamente a prática do crime.”
Confessar é a solução
Deputado federal mais votado do Paraná em 2022, eleito com mais de 340 mil votos, Deltan teve o registro cassado pelo TSE por ter se demitido do cargo de procurador federal 11 meses antes de ser eleito, quando respondia a processos internos que poderiam levá-lo à exoneração e consequente inelegibilidade.
Postado por Caio Hostilio em 07/mar/2025 - Sem Comentários
No contexto da gestão de desempenho, o reconhecimento é um dos mais importantes drivers de engajamento. Um agradecimento genuíno a sua equipe de trabalho traz maior êxito aos serviços e ações de que virão.
Logo, o agradecimento do prefeito Gentil Neto aos colaboradores coaduna com o desempenho que vem sendo feito nas mais diversas áreas nesses dois meses de mandato.
A gratidão aos foliões é merecido, haja vista que o Carnaval caxiense foi tranquilo, apenas de muita festa e brincadeira!!!
Postado por Caio Hostilio em 07/mar/2025 - Sem Comentários
Programação começa a partir desta sexta, 07 de março
Texto: Marine Palhano
A Câmara de São Luís promoverá uma sessão solene em homenagem ao Dia Internacional da Mulher, nesta sexta-feira, 07 de março, a partir das 9h.
A solenidade, de iniciativa da vereadora Flavia Berthier (PL), terá a participação de autoridades e representantes do PL Mulher MA, núcleo feminino do partido presidido por Berthier.
Março Lilás
Na próxima segunda-feira, dia 10 de março, a Procuradoria Especial da Mulher da Câmara de São Luís fará o lançamento da Campanha Março Lilás, proposição de autoria da vereadora Thay Evangelista (União), procuradora da Mulher.
O evento de lançamento será realizado a partir das 9h, no Palácio Pedro Neiva de Santana na Câmara Municipal, e contará com a presença de parlamentares, autoridades, representantes de instituições, formadores de opinião e lideranças femininas. Estarão presentes, ainda, empreendedoras que comercializarão seus produtos na Feira de Empreendedoras, que acontecerá no estacionamento da Casa Legislativa durante toda a manhã.
“A campanha convida as mulheres a florescerem juntas nos espaços de poder, no empreendedorismo, no autocuidado, na saúde feminina e no combate à violência. O objetivo é construir, em conjunto, mais oportunidades para mulheres em vulnerabilidade visando a erradicação da violência contra a mulher e um futuro em que nenhuma mulher fica para trás”, explicou Thay Evangelista.
Durante todo o mês de março, a Procuradoria Especial da Mulher realizará uma programação variada com foco no empreendedorismo feminino, na saúde e bem-estar e no combate à violência contra a mulher.
Campanha Março Lilás:
10/03: Lançamento da Campanha Março Lilás.
13/03: Oficina Saúde Íntima da Mulher.
18/03: Ação Social para Mulheres, com oferta de serviços de saúde.
Postado por Caio Hostilio em 07/mar/2025 - Sem Comentários
Presente nas as batalhas mais importantes pelos direitos das mulheres, a vereadora Thay Evangelista é figura marcante nas mais variadas luta pela igualdade de direito entre os gêneros.
Thay é uma líder como vereadora em busca dos direitos das mulheres, pois na política, está atenta aos anseios que tragam de fato os direitos das mulheres.
Para a vereadora Thay Evangelista, é importante libertar os direitos femininos das diferenças políticas e ideológicas, uma vez que a presença de mulheres na liderança de partidos e nações é uma das árduas conquistas femininas ao longo da História.
Postado por Caio Hostilio em 06/mar/2025 - Sem Comentários
Os diálogos e os milhões de reais que levaram a PF a indiciar juízes e desembargadores do TJ do Maranhão por suspeita de venda de sentenças
Francisco Xavier de Sousa Filho é um advogado maranhense de 78 anos. Trabalhou por décadas no departamento jurídico do Banco do Nordeste, defendendo os interesses da instituição pública. Mais recentemente, já aposentado, passou para o outro lado do balcão. Abriu uma série de processos na esfera cível contra o antigo empregador, exigindo o pagamento de honorários que, segundo ele, nunca foram quitados. A Justiça lhe deu razão em dois casos, e o banco foi condenado a pagar uma bolada de 17,7 milhões de reais.
Nem por isso Sousa Filho se tornou um multimilionário. O advogado vive até hoje no Maranhão Novo, um bairro de classe média baixa de São Luís, não tem veículos registrados em seu nome e nunca viajou para o exterior. Leva uma vida pacata que não condiz com a indenização volumosa. E a Polícia Federal encontrou uma razão para isso: a indenização milionária, tão logo chegou às suas mãos, foi quase toda repassada em partes para advogados, servidores públicos, juízes e desembargadores do Tribunal de Justiça do Maranhão. Uma movimentação estranha que, segundo uma investigação da Polícia Federal, faz parte de um esquema de venda de sentenças que operou por anos no Maranhão. Para a PF, juízes e desembargadores, mancomunados com advogados, aprovaram indenizações milionárias que, no fim, foram partilhadas pelos participantes do esquema.
O primeiro caso documentado é de 2014. Naquele ano, Sousa Filho reivindicou à 7ª Vara Cível de São Luís o pagamento de honorários referentes a um processo de 1983. O Banco do Nordeste reconheceu que devia mesmo dinheiro ao advogado, e estimou o passivo em 2,5 milhões de reais. Sousa Filho fez uma conta bem diferente: disse que, na verdade, tinha cerca de 14 milhões de reais a receber. A discordância fez o processo se arrastar por meses, até que o juiz responsável pelo caso saiu de licença médica. Coube à desembargadora Nelma Sarney Costa indicar um magistrado para substituí-lo no cargo. Seu escolhido foi o juiz Sidney Cardoso Ramos.
Foi aí que, segundo a Polícia Federal, começou a fraude. Às 8h45 do dia 4 de maio de 2015, Sousa Filho, o advogado, pediu a penhora de 14,1 milhões de reais em títulos do Banco do Nordeste para garantir o pagamento da dívida. O juiz Ramos, recém-inteirado do processo, nem titubeou: em uma hora, acatou seu pedido. Dias depois, o juiz titular da 7ª Vara retornou da licença médica. Sousa Filho pediu então que ele fosse afastado daquele caso, alegando suspeição. A desembargadora Sarney Costa concordou com o advogado e, sem explicar os motivos dessa suspeição, transferiu o caso para a juíza da 5ª Vara Cível de São Luís, Alice de Souza Rocha.
Àquela altura, os contadores do Tribunal de Justiça já tinham chegado à conclusão de que o cálculo de 14,1 milhões era um tanto inflado. Segundo eles, o Banco do Nordeste deveria pagar ao ex-funcionário muito menos: 3 milhões de reais. Mas Rocha, a nova juíza do caso, descartou o parecer dos contadores. Em outubro daquele ano, ordenou a liberação dos 14,1 milhões de reais a Sousa Filho. A burocracia que costuma existir em casos semelhantes foi desembaraçada rapidamente: pouco mais de uma hora depois de publicar a decisão, a juíza expediu o alvará, permitindo que Sousa Filho sacasse a dinheirama. Por volta das 15 horas, no mesmo dia, os 14,1 milhões de reais já estavam na conta de um dos filhos do advogado.
Deu-se início, então, à partilha. A maior parte do dinheiro (12 milhões de reais) foi logo transferida para a advogada Janaína Moreira Lobão Coelho, nora de Sousa Filho. Horas depois, no mesmo dia, ela foi a uma agência do Banco do Brasil em São Luís acompanhada do também advogado Arnaldo José Sekeff do Lago. Sacou 8 milhões de reais e emitiu dezenove cheques com diferentes destinatários, no valor total de 1,7 milhão de reais. Os 2,3 milhões que restaram na sua conta bancária foram sacados nos dias posteriores.
Embasbacados com a série de decisões atípicas da Justiça, os advogados do Banco do Nordeste resolveram denunciar o caso à Polícia Federal, à corregedoria do Tribunal de Justiça do Maranhão e ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ), em 2015. Na época, porém, as investigações da PF não foram para frente, e tanto a corregedoria quanto o CNJ absolveram os juízes envolvidos no caso. “Não foram apresentados pelo reclamante [banco] ou mesmo apurados durante as investigações preliminares indícios das alegadas atuações ilegais, por parte dos reclamados [os juízes], que demonstrem suficientemente a presença de desvios de conduta”, justificou o relator do caso no CNJ, o ministro Humberto Martins.
A PF só entrou de vez no caso em 2021, quando um relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) revelou o estranho caminho percorrido por aqueles 14,1 milhões de reais sacados em 2015. O documento mostrava que um dos dezenove cheques assinados por Janaína Coelho havia sido depositado na conta de um servidor da Assembleia Legislativa do Maranhão, e, de lá, fora transferido para advogados do escritório Maranhão Advogados Associados. A firma tem como sócio oculto, segundo a PF, o ex-deputado federal Edilázio Gomes da Silva Júnior, genro da desembargadora Sarney Costa – justamente quem havia indicado o juiz que deu ganho de causa a Sousa Filho.
A história foi ainda mais longe. Em 2019, Sousa Filho, não satisfeito com os 14,1 milhões de reais que havia pleiteado inicialmente, pediu à juíza Alice Rocha o pagamento de um “saldo remanescente” de mais 10 milhões de reais referentes àquele mesmo processo de 1983. O valor, segundo ele, era referente a um erro de cálculo que lhe prejudicou. O pedido, dessa vez, foi indeferido pelo Tribunal de Justiça do Maranhão. O advogado, então, passou a apostar suas fichas em outro processo que movia desde 2000 contra o Banco do Nordeste, dessa vez cobrando honorários por uma ação judicial de 1987.
Sousa Filho, representado pelo escritório Maranhão Advogados Associados, pediu então à 5ª Vara Cível a execução do acordo, para que pudesse receber os 10%. Segundo ele, essa porcentagem equivalia a 3,6 milhões de reais. A Polícia Federal, no entanto, ao se debruçar sobre o caso, concluiu que se tratava de um erro grosseiro de cálculo: Sousa Filho estimou os honorários com base na cotação do cruzeiro, e não do cruzeiro real, que era a moeda vigente no ano do acordo judicial. Esse pequeno deslize inflacionou em mil vezes o cálculo final da dívida do banco. A juíza Rocha, contudo, não se atentou para isso nem pediu parecer dos contadores do Tribunal de Justiça. Acatou o pedido de Sousa Filho e ordenou o pagamento a ele dos 3,6 milhões de reais com correção monetária, o que somava 5 milhões de reais.
Dias depois, Sousa Filho recebeu autorização para sacar a nova bolada. Na mesma hora, o advogado, que naquele momento já era monitorado pela PF, foi a uma agência do Banco do Brasil acompanhado de seu filho Felipe e de um homem não identificado. Por alguma razão de ordem burocrática, porém, não conseguiu sacar o dinheiro (posteriormente o desembargador Guerreiro reverteu a decisão da 5ª Vara e determinou novo cálculo do valor devido ao advogado). No mês seguinte, Fabrício, outro filho do advogado maranhense, enviou à mãe uma mensagem de WhatsApp que dizia: “A gente tem 48 horas pra depositar o da Alice.” A conversa, obtida pelos agentes da PF, também menciona o “dinheiro do Cristiano Simas” e do desembargador Guerreiro.
Em 2024, Sousa Filho ainda conseguiu outros dois alvarás para sacar mais 6 milhões de reais em indenizações do Banco do Nordeste – o relatório da Polícia Federal não informa se o advogado conseguiu, de fato, obter esse montante. Pouco depois, com autorização do Superior Tribunal de Justiça (STJ), a PF instaurou um inquérito contra Sousa Filho e os desembargadores, juízes e advogados suspeitos de envolvimento nas fraudes. Em 14 de agosto do ano passado, foram cumpridos mandados de busca tanto no Tribunal de Justiça do Maranhão quanto nos endereços dos investigados. Na sede da empresa Maranhão Advogados Associados, os policiais encontraram um bilhete em que estava anotada a cifra de 200 mil reais e a frase “seu amigo aqui estava contando muito com esse valor p/ o mês de outubro confiando que daria certo o negócio c/ o magistrado”. Os investigadores acreditam se tratar de mais uma confirmação de que a firma subornava juízes.
Naquela manhã, o ex-deputado Edilázio Gomes da Silva Júnior voltava de Brasília para São Luís em um voo comercial. Na casa dele, os policiais encontraram quase 800 mil reais em espécie, além de 8 mil dólares e uma máquina de contar dinheiro. O advogado Carlos José Luna dos Santos Pinheiro, um dos integrantes da Maranhão Advogados Associados, arremessou o próprio celular pela janela de casa pouco antes de ser visitado pelos agentes da PF. Não adiantou muito, já que pouco depois o aparelho foi recuperado pela perícia.
Os celulares apreendidos e a quebra dos sigilos bancário e fiscal dos investigados forneceram novas evidências para a polícia. Os agentes da PF concluíram, com base em conversas de WhatsApp, que Edilázio Júnior determinava o conteúdo das decisões da sogra, a desembargadora Sarney Costa, em processos que envolviam o Banco do Nordeste. A PF também constatou 184 transferências de dinheiro feitas por um assessor de Sarney Costa para parentes da desembargadora entre 2019 e 2023. Ao todo, os repasses somaram 621 mil reais. O fato chama atenção porque esse mesmo assessor recebeu dinheiro de dois advogados da Maranhão Advogados Associados: Carlos Luna Pinheiro e José Helias Sekeff do Lago (irmão de Arnaldo, o advogado que sacou a bolada milionária do Banco do Brasil em 2015, ao lado da também advogada Janaina Coelho). Pinheiro, em uma das conversas acessadas pela polícia, escreveu a outro advogado: “TJ é nossa casa.”
A Polícia Federal afirma que Edilázio Júnior teve uma variação patrimonial incompatível com seus rendimentos em 2015, ano em que, segundo a investigação, ocorreu a primeira fraude documentada contra o Banco do Nordeste. O desembargador Luiz Gonzaga, um dos que deram ganho de causa a Sousa Filho, recebeu em suas contas bancárias dezenas de depósitos em espécie, de origem não identificada, que somam 2,3 milhões de reais (a PF não informa o período em que isso aconteceu). Já Alice Rocha, a juíza que deu seguidas decisões em favor do advogado maranhense, recebeu 55 depósitos em espécie entre 2014 e 2023, no valor total de 236 mil reais, e teve, segundo a PF, variação patrimonial incompatível com seus rendimentos. Situação semelhante à de seu substituto na 5ª Vara, Cristiano Simas, que depositou 504 mil reais em espécie em sua própria conta bancária. Parte do dinheiro entrou em datas próximas a uma decisão sua que favoreceu Sousa Filho.
Lúcio Fernando Penha Ferreira, assessor do gabinete do desembargador Guerreiro Júnior, era conhecido pelos colegas como “servidor ostentação”, devido à fortuna que esbanjava sem cerimônia. Entre 2018 e 2020, seu patrimônio declarado saltou de 1,1 milhão de reais para 4,4 milhões, embora seu salário no TJ fosse de quase 16,8 mil reais por mês. Ferreira era dono de automóveis importados e de um apartamento em São Luís adquirido por 3,4 milhões de reais. A Polícia Federal encontrou 47 depósitos em dinheiro em sua conta, sem identificação do remetente. Fabrício, filho do advogado Sousa Filho, reservou palavras pouco elogiosas a Ferreira em conversa com a mãe, pelo WhatsApp. “Esse cara só visa dinheiro. Como ele tá sendo processado, denunciaram ele, aí ele quer se livrar, tá com medo, entendeu? Vagabundo.” Ferreira acabou exonerado do cargo em janeiro de 2024, depois que uma sindicância do tribunal investigou-o por enriquecimento ilícito.
Em fevereiro, 23 investigados, entre eles os desembargadores Nelma Sarney Costa, Guerreiro Júnior e Luiz Gonzaga Almeida Filho, e os juízes Alice Rocha e Cristiano Simas, foram indiciados pela Polícia Federal sob suspeita de cometer os crimes de corrupção ativa e passiva, formação de organização criminosa e lavagem de dinheiro (Sidney Cardoso Ramos, que deu a primeira decisão em favor de Sousa Filho no processo aberto em 2014, não foi indiciado). Todos os magistrados que constam na lista de indiciamentos foram afastados de seus cargos por ordem do ministro João Otávio de Noronha, relator do inquérito no STJ.
Em nota, a defesa da juíza Alice Rocha lembrou que o CNJ absolveu a magistrada no caso julgado em 2015 e que os diálogos que a citam são “mera ilação sem qualquer fundamento fático, a partir de um diálogo de pessoas absolutamente estranhas e desconhecidas” por ela. “A defesa reafirma sua confiança plena na Justiça e na escorreita apuração e segregação dos fatos, atestando que provará a inocência da magistrada nos autos do processo em curso, demonstrando a total lisura de sua atuação como juíza nesse caso, lisura essa que sempre pautou sua atuação profissional ao longo de décadas de exercício da magistratura.”
Os advogados do desembargador Luiz Gonzaga Almeida Filho disseram que todas as suas decisões investigadas pela PF foram “devidamente fundamentadas”, confirmadas pelo STJ e escrutinadas pelo CNJ, que não viu nelas qualquer ilegalidade. “Reafirmamos que a inocência do desembargador Luiz Gonzaga será plenamente demonstrada por meio das provas que serão apresentadas nos autos, com o devido respeito ao processo legal.” A defesa do desembargador Guerreiro Júnior, por sua vez, classificou os indiciamentos da PF como “inconsistentes”, com “imputações pífias, genéricas, cheia de conjecturas e narrativas sem prova alguma”, reforçando que sua decisão favorável a Sousa Filho no caso dos 10% de honorários foi mantida pelo STJ.
O ex-deputado Edilázio Júnior também negou as imputações feitas pela Polícia Federal. “Reafirmo a minha absoluta inocência quanto a todos os fatos investigados no inquérito, sobretudo porque nunca pratiquei nenhum ilícito, não havendo nos autos nenhum ato por mim praticado, mas tão somente ilações e elucubrações que buscam atingir a minha imagem política a partir de eventuais atos de terceiros.” Procurada pela piauí, a defesa da desembargadora Sarney Costa afirmou que, como o inquérito tramita em segredo de Justiça, não irá se manifestar. Os demais envolvidos e seus advogados não responderam aos contatos da piauí. Parte deles não foi localizada até o fechamento desta reportagem.
Postado por Caio Hostilio em 06/mar/2025 - Sem Comentários
É preciso ter a consciência para reconhecer um trabalho que vem sendo desenvolvido em Caxias pelo jovem prefeito Gentil Neto.
A oposição como fiscalizador vem observando as ações de Gentil Neto e de sua equipe, que fora escolhida por ser técnica e competente. Com certeza chamou a atenção da oposição.
Os oposicionistas conscientes estão vendo o empenho nesses dois meses da gestão Gentil Neto, seja na educação, seja na saúde, seja na segurança pública, seja na infraestrutura, seja na garantia aos que precisam com uma ajuda para alavancar seus negócios, seja nas ações socias e econômico, seja na vontade de trabalho do prefeito “in loco”, seja pelo respeito o servidor municipal, seja pela vontade de continuar alavancando o desenvolvimento de Caxias.
Resta parabenizar os oposicionistas que sabem reconhecer!!!
Com informações do Caxias Online
Postado por Caio Hostilio em 06/mar/2025 - Sem Comentários
Partido ocupa Ministério do Esporte e conta com 56 cadeiras no Congresso; o presidente da sigla tem criticado a “ultrapetização” da gestão Lula
O PP, partido com 56 assentos no Congresso, tem discutido internamente um desembarque do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
O Poder360 confirmou que congressistas têm pressionado o presidente da sigla, Ciro Nogueira (PP-PI), a deixar o grupo de partidos que apoiam Lula. Isso significaria entregar o Ministério do Esporte, comandado por André Fufuca (PP). A expectativa é que o partido se reúna para debater o tema, ainda sem data definida.
Com exceção de alguns governadores do Nordeste, a sigla é composta majoritariamente por oposicionistas a Lula, inclusive no Congresso, onde tem 50 deputados e 6 senadores. Na Câmara, alguns são aliados de Lula, como o vice-líder do Governo Neto Carletto (PP-BA). A maioria, porém, posiciona-se contra o petista.
Já no Senado, nenhum dos 6 integrantes do PP é considerado como voto certo para o governo. Dois deles são ex-ministros do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL): Tereza Cristina (MS) e o próprio Ciro.
Os outros votam contra Lula ou, no máximo, apoiam projetos específicos, como os da pauta econômica.
“Nunca nem embarquei”, disse um desses votos eventuais ao Poder360, ao ser perguntado se defendia a saída.
CRÍTICAS DE CIRO
Presidente do PP, Ciro Nogueira tem intensificado as críticas ao governo Lula nos últimos dias.
Uma delas foi pela escolha de Gleisi Hoffmann (PT), presidente do PT, para comandar as articulações do governo com o Congresso. Segundo ele, há uma “ultrapetização” do governo.
“Só pode haver um motivo pra guinada de Lula na ultrapetizacão do governo, ao invés de ampliar sua base: Lula desistiu do Brasil, dos mais pobres, do povo e quer se eternizar como bottom e camiseta, tipo Che e Fidel. Entre presidir e ser bottom, escolheu ser bottom e camiseta”, disse na 2ª feira (3.mar.2025), em seu perfil no X (ex-Twitter).
Dois dias depois, criticou rumores de que Guilherme Boulos (Psol) também seria um dos cotados para ocupar outro ministério da Esplanada de Lula: “O líder do movimento invasor dos sem teto sob o teto do Planalto seria a comprovação definitiva de que o governo está sem rumo e sem chão”, afirmou Ciro, também no X.
Postado por Caio Hostilio em 06/mar/2025 - Sem Comentários
Imagem de Dalton Arruda quando foi preso por agredir a ex-esposa…
O primeiro suplente de deputado estadual pelo PSD, César Pires, deverá assumir o mandato na Assembleia Legislativa do Maranhão por decorrência da licença do deputado Eric Costa.
Na semana passada, quem assumiu a cadeira na ALEMA tinha sido o 4º suplente de deputado estadual, advogado Dalton Hugolino Arruda de Sousa (foto), contudo, assim que a Mesa Diretora da Assembleia tomou conhecimento que Dalton é agressor de mulher, inclusive, responde a processo por esse tipo de acusação, pediu a César que se apresente para tomar posse.
Conforme apurou o Blog do Domingos Costa, a presença de Dalton no Plenário da Casa constrange a bancada feminina e torna a Assembleia pequena na luta contra a violência contra a mulher.
Aliás, sábado, dia 08 é o Dia Internacional da Mulher…