Membros do governo avaliam que situação é insustentável. Aliados argumentam que o caso, que aponta para desvio de bilhões de reais de aposentados e pensionistas, pode se tornar a maior crise do governo e, quanto mais tempo o ministro ficar, pior para o governo.
Aliados dizem que tudo que Lula não precisa é de uma nova crise. Se esta já está instalada, o melhor jeito de lidar, argumentam, é tentando limar todos os possíveis responsáveis ou coniventes.
Partido de Lupi se diz inflexível. A bancada do PDT na Câmara afirma que, se Lupi for demitido, a legenda não deve indicar outro nome e é provável que desembarque do governo Lula, o que teria um peso simbólico. A sigla conta com 17 deputados e três senadores.
O PDT não esconde a insatisfação com Lula. A bancada na Câmara se diz que o descontentamento com o governo “não é de hoje” e que, se perder o único ministro que tem na Esplanada, não tem motivo para seguir no governo. Para parlamentares, o governo está “fritando” o ministro. Sem um posicionamento público de Lula, Lupi estaria exposto, com especulações sobre sua demissão e envolvimento, o que para eles é uma sinalização de que a gestão “não se importa com o PDT”.
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