Postado por Caio Hostilio em 05/abr/2011 - 6 Comentários
Antes de entrar propriamente dito no assunto, queiro deixar claro que respeito o desejo do morto e o cumprimento dos familiares.
Em minha opinião, o homem público, seja ele artista, político, esportista, deixam de ter vontade própria sobre muitas coisas, pois pertencem ao povo e deve está com o povo mesmo em sua morte. Apesar de muitos não merecerem, porém entendo que o velório de Jackson Lago tinha que ser na Assembléia Legislativa, pois ali o povo poderia participar.
Acho que a escolha de Jackson Lago está relacionada as mágoas e os ressentimentos que obteve durante sua vida política, principalmente nas últimas eleições que disputou.
Essa é a minha opinião sincera sobre essa escolha, mesmo que muitos achem uma atitude hipócrita. Jackson Lago era um homem melancólico, com determinações objetivas e conservadoras, cuja personalidade tinha como característica peculiar o silêncio e a amizade fraterna com o seu pequeno grupo de confiança, que se restringia ao PDT.
Jackson Lago, por outro lado, parecia não gostar muito de velórios, pois no do seu grande amigo Mauro Bezerra, no plenário do antigo prédio da Assembléia Legislativa, na Rua do Egito, mostrou uma compunção aquela solenidade fúnebre.
Alguns, ao lerem isto, devem pensar que Jackson Lago não era um homem de perdoar e saber virar a página. Tudo indica que isso fazia parte de sua personalidade e não titubeou em se preservar mesmo depois de morto. Para ele, não se deve dar a chance para que os hipócritas tirem proveito de sua morte.
Deve ter pensando: “Meu velório na sede PDT restringirá a entrada daqueles que se diziam meus amigos e aliados sem nunca terem sido, coisa que eles não conhecem. Não quero ter raiva no meu velório vendo essas pessoas me apreciando morto”.
Para os seus aliados, ele deve ter pensado: “Agora não me enganam. Vejo-os bem. Que ridícula e nojosa comédia desfrutar com a minha morte, se tenho a lucidez necessária para ver o desenrolar de hipocrisia que a velhacaria humana põe em jogo em volta do meu cadáver! Como há lágrimas mentirosas, pragas em tom de orações, insultos murmurados com maneiras dolentes e merencórias! Há fundas alegrias dissimuladas em tristezas. E eu a ver tudo, sem poder dar-lhes dois pontapés!”
Contudo, acho que o velório de Jackson Lago deveria ser na Assembléia Legislativa, onde o povo, os políticos, os jornalistas, os familiares, os amigos e os correligionários, hipócritas ou não, pudessem participar de sua despedida com mais espaço.
Postado por Caio Hostilio em 05/abr/2011 - Sem Comentários
Jackson Lago, segundo os seus familiares afirmaram, pediu que quando morresse, seu corpo fosse velado no Diretório Estadual do PDT, na Rua dos Afogados. Os familiares atenderam ao pedido. Tanto a governadora Roseana Sarney quanto o presidente da Assembléia Legislativa colocaram a disposição o Palácio dos Leões e a Assembléia Legislativa respectivamente para o velório, visto que Jackson Lago foi ex-governador e ex-deputado estadual.
O corpo do ex-governador Jackson Lago deve chegar a São Luís nesta terça-feira às 14h45, vindo de São Paulo.
Como seu pedido foi atendido por seus familiares, o corpo deixará de ser velado no Palácio dos Leões ou na Assembléia Legislativa, porém o cortejo fúnebre será digno de ex-governadores, visto que sairá do aeroporto num carro do Corpo de Bombeiros, que seguirá pela Avenida Gurajajaras, COHAB, Anil, Avenida dos Franceses, Alemanha, Avenida Luís Rocha, Camboa, Praça Maria Aragão, Refesa, Rua 7 de Setembro até chegar na sede do PDT, na Rua dos Afogados. Na chegada a rua, a urna funerária com o corpo do ex-governador será conduzida pelos cadetes da Polícia Militar até a sede do PDT.
Pelas informações colhidas, o enterro deverá acontecer às 10h de quarta-feira, no cemitério Parque da Saudade, no Vinhais.
Postado por Caio Hostilio em 05/abr/2011 - 8 Comentários
Antes que questionem o porquê de eu está publicando um artigo de Edison Vidigal nesse espaço, dou minha justificativa: Primeiramente, o artigo está muito bem feito e, por isso, devo dar os parabéns ao autor. Mas o que me levou a publicá-lo, depois de já ter comentado no blog do Vidigal, foi o penúltimo parágrafo, que se encaixa exatamente no que eu disse no meu poste “Uma breve biografia de Jackson Lago”. Por outro lado, esse penúltimo parágrafo retrata o desabafo do Igor Lago em um artigo.
Jackson
Só há tempo para o viver. Entre o nascer e o morrer só o tempo para o viver. Nascer é chegar ao mundo, abrir-se para a vida e seguir o destino pela estrada que, um dia, terá fim. Ou nunca terá fim.
Para muitos, a estrada tem fim. A viagem acaba com a chegada da morte. Nascer não é inevitável. Morrer para muitos é inevitável. Há aqueles para quem a estrada nunca acaba porque apesar da morte, prosseguem.
Prosseguem no exemplo, nos ideais de luta, não a luta pelo mal aos outros, mas a luta buscando o bem dos outros.
O Jackson se inscreve agora entre aqueles para quem a estrada da vida não acabou. Aqueles que sobrevivem à própria morte.
O Jackson médico, trabalhou seu oficio curando doentes, ajudando a salvar vidas, espantando as lamurias que a morte leva às casas dos enfermos.
O Jackson professor soube inspirar seguidores, disseminando o que aprendeu em técnicas, erudição, experiência e conhecimentos.
O Jackson político, que administrou a Capital por três vezes, sempre bem avaliado, era querido pela população porque fazia da política não a arte do possível como muitos ainda entre nós a praticam no mal sentido, achando que esse possível se encerra na possibilidade das coisas sempre para eles, a favor deles, do patrimônio político e também do patrimônio pessoal deles.
O Jackson político fincava sua ação em princípios rígidos, dos quais ninguém o arredava. Não concebia a vida política fora dos parâmetros republicanos e democráticos.
Homem público, no exemplo que o Jackson buscava intensamente transmitir, não podia ter outros compromissos que não os fossem, primeiramente, com o coletivo. Era assim, beirando muitas vezes a um remansoso romantismo, o seu jeito de gerenciar a coisa publica.
Antes da morte física de agora ha pouco, o Jackson já havia sofrido uma tentativa de morte política quando lhe arrebataram covardemente, ainda no primeiro biênio, o mandato de Governador eleito pela maioria do Povo do Maranhão.
Depois, nas eleições seguintes, ele novamente concorrendo para se submeter a um novo julgamento, querendo tirar a prova dos nove, foi vitima de novo atentado com a bazófia da inelegibilidade que lhe inventaram e que a morosidade judicial ajudou a prosperar.
O Jackson não era inelegível coisa nenhuma. Eu me esguelava garantindo isso nos comícios, na campanha inteira, ao lado dele.
Quando a Justiça eleitoral, em sua fama de que tarda, mas não falha, mas falhando porque tardia, disse que não havia mesmo inelegibilidade nenhuma contra o Jackson, a tendência forte que antes lhe era favorável já se contaminara pela mentira espalhada pela má fé e, assim, lhe esvaziavam os apoios.
E assim, derrotado, covardemente derrotado, logo no primeiro turno, o Jackson gladiador da resistência republicana e democrática no Maranhão foi a nocaute.
O que lhe causou, enfim, a morte física não foi o câncer que já o acompanhava e com o qual convivia em alguma harmonia há algum tempo. Nem a pneumonia se aproveitando da sua baixa resistência decorrente da quimioterapia.
O que o abateu mesmo foi a depressão profunda em que mergulhou decepcionado com os falsos e envergonhado por ter dedicado todo o tempo em que passou palmilhando a estrada na luta pelos outros e vendo a vitoria definitiva quase chegando ter confiado em uns tantos em quem não valeu a pena confiar.
Como naquele verso de Fernando Pessoa, estou hoje perplexo como quem pensou, achou e esqueceu…
Postado por Caio Hostilio em 04/abr/2011 - 3 Comentários
Nota de pesar
Jackson Lago destacou-se, pela dedicação e competência, como homem público e também como médico e professor de medicina. Começou sua carreira política na década de 60, participando ativamente do movimento de resistência à ditadura. Ao lado de Leonel Brizola, ajudou a fundar o PDT, em 1979, e tornou-se dirigente do partido. Eleito para a prefeitura de São Luís em três oportunidades, chegou a ser apontado, em uma pesquisa nacional de opinião, como o melhor prefeito do país. No momento de sua perda, envio meu abraço solidário a seus parentes, amigos e correligionários.
Dilma Rousseff, Presidenta da República Federativa do Brasil
Nota de pesar
É com profundo pesar que recebi a notícia do falecimento do ex-governador Jackson Lago, ocorrido na tarde de hoje, em São Paulo, onde estava lutando contra o câncer. A sua partida deixa um vácuo na política do nosso estado. Neste triste e doloroso momento quero externar o meu mais profundo sentimento a sua esposa Dra. Clay Lago, filhos, netos e amigos de Jackson Lago e rogar a Deus que lhes dê conforto para enfrentar esta perda irreparável.
Descanse em paz.
Washington Luiz Oliveira e Família
Nota de pesar
O Brasil – e o Maranhão, em particular – perde um dos seus mais emblemáticos e combativos líderes políticos. Defensor da liberdade, da justiça social e dos direitos humanos, Jackson Lago foi, sobretudo, um homem de bem, leal e de honestidade inatacável. Prefeito de São Luís por três mandatos e legítimo Governador do Maranhão por dois anos, por vontade da maioria, deixou a sua marca de homem público dedicado às causas do povo, à saúde dos mais humildes e à educação transformadora. Médico de formação humanística, Jackson Lago tem a sua trajetória de vida identificada pelo engajamento político, marchando sempre ao lado da verdade e da ética. Foi um homem de muitas lutas e jamais se deixou abater pelas adversidades da vida, mesmo nos momentos mais difíceis. São Luís está consternada porque perde também um cidadão de respeito, dedicado à família e ao trabalho. Jackson Lago deixa como legado a coragem de lutar sempre por um Maranhão livre, mais justo e independente.
JOÃO CASTELO RIBEIRO GONÇALVES
Prefeito de São Luís
Nota de pesar
O Partido dos Trabalhadores, em nome de seus dirigentes, filiados e militantes, lamenta profundamente o falecimento do ex-governador Jackson Lago, ocorrido em São Paulo na tarde desta segunda-feira, após lutar incansavelmente contra o câncer. Médico dedicado que sempre acreditou no Maranhão, Jackson se destacou na vida pública, ao longo dos anos como Prefeito de São Luís e Governador do Maranhão, mandatos que exerceu, sempre buscando a melhoria da qualidade de vida dos maranhenses, conquistando assim o respeito e a admiração da militância petista. Neste momento de luto, o PT no Maranhão manifesta sua solidariedade à esposa Dra. Clay Lago, filhos, netos e amigos de Jackson Lago.
São Luis, 04 de abril de 2011.
Raimundo Monteiro
Presidente Estadual do Partido dos Trabalhadores.
Postado por Caio Hostilio em 04/abr/2011 - 11 Comentários
Jackson Kléper Lago, nasceu em Pedreiras-Ma, em 01/11/1934, e faleceu em São Paulo, no dia 04/04/2011, aos 76 anos. Era médico e político filiado ao Partido Democrático Trabalhista (PDT).
Como médico, Jackson Lago foi ligado ao sindicato dos médicos, além de ter sido o pioneiro na realização de cirúrgia torácica no sistema de saúde pública do Maranhão. Também lecionou na Faculdade de Medicina do Estado.
Como político, Jackson Lago ingressou na década 60, tempo em que participou de protestos contra a ditadura militar. Em 1979, ao lado de Leonel Brizola, ajudou a fundar o Diretório do PDT, partido que ficou até a sua morte.
Jackson Lago foi deputado estadual 1975/1979. Foi escolhido pelo ex-governador Epitácio Cafeteira para assumir a Secretaria de Saúde, ficando na pasta de 1987 a 1988, saíndo para disputar pela primeira vez a Prefeitura de São Luís. Venceu e governou a capital de 1989 a 1992, elegendo sua sucessora Conceição Andrade (PSB), voltando a governar São Luís pela segunda vez: 1997 a 2000. A terceira vez – de 2001 a 2002 -, Jackson Lago foi eleito com o apoio da então governadora Roseana Sarney. Jackson Lago renunciou este último mantado para disputar o governo do Estado.
Em 2002, Jackson Lago disputou o governo do Estado com o ex-governador José Reinaldo. Aquele pleito tinha tudo para dar outro ressultado, mas as manobras políticas, tanto da oposição quanto do governo, fragilizou a eleição de Jackson Lago.
Nas eleições de 2006, Jackson Lago se aliou ao ex-todo poderoso do grupo Sarney, José Reinaldo, para vencer as eleições de Roseana Sarney, que em todas as pesquisas apontava sua vitória no primeiro turno. Jackson Lago tinha 20% do eleitorado e seu grupo não titubeou em aceitar as estratégias do então governador José Reinaldo para eleger o seu sucessor e o maior número possível de parlamentares federais e estaduais.
A estratégia de fazer o maior número de convênios espúrios com entidades fantasmas foi colocada em prática por José Reinaldo, mas o tiro saiu pela culatra… A candidatura de Jackson Lago foi cassada pelo TSE.
Com resquisios do governo José Reinaldo, o ex-governador Jackson Lago, com apenas cinco meses de governo, em maio de 2007, teve seu nome envolvido na Operação Navalha da Polícia Federal. Outro fator que mexeu com a honestidade de Jackson Lago, foi o escândalo da falência e sucateamento da Coliseu. As pessoas mais íntimas do ex-governador dizem que ele nunca participou de qualquer dessas falcatruas, mas sim as pessoas que o bajulavam, que aproveitavam a capacidade de Jackson Lago em confiar em seus assessores para aprontar.
Em 2010, Lago se candidatou novamente ao cargo de governador do Maranhão e perdeu. Sua candidatura ficou em dúvida até o ultimo instante por conta do TSE deferir sua candidatura pela Lei da Ficha Limpa, mesmo o TRE-Ma ter deferido por unanimidade sua candidatura. Essa indecisão foi aproveitada por aqueles que se diziam aliados de oposição, ou seja, o grupo liderado por José Reinaldo/Flávio Dino, que espalharam por todo o Estado que Jackson Lago não poderia assumir caso ganhasse, pois seria cassado novamente. O próprio Flávio Dino alardeava isso em suas propagandas eleitorais na TV e no Rádio.
Lago era casado com a também médica Maria Clay Moreira Lago, com quem tem três filhos.
Jackson faleceu aos 76 anos, hoje, 4 de abril de 2011, vítima de complicações respiratórias, no Hospital do Coração, em São Paulo. Ele lutava contra um câncer de próstata desde 2004.
Postado por Caio Hostilio em 04/abr/2011 - 6 Comentários
A governadora Roseana Sarney conversou, por telefone, com Igor Lago, filho de Jackson Kepler Lago, logo após saber do falecimento do ex-prefeito de São Luís e ex-governador do Maranhão, no fim da tarde desta segunda-feira (4). Além de transmitir os sentimentos de pesar, a governadora colocou à disposição da família Lago toda a estrutura do governo, incluindo o Palácio Henrique de La Rocque para as cerimônias fúnebres. Igor Lago agradeceu o gesto, mas declarou ser desejo de seu pai que o velório fosse realizado na sede do Partido Democrático Trabalhista (PDT), legenda que ajudou a fundar em São Luís. Ainda assim, Roseana colocou à disposição a guarda de honra militar e um carro de bombeiros.
A governadora decretou luto oficial de três dias no Estado. Em nota, lamentou a morte do político. “O Maranhão perdeu uma figura expressiva do seu mundo político que nos deixará um vazio. Solidarizo-me com sua mulher, seus filhos e demais familiares, ao tempo em que decreto luto oficial de 3 dias pelo seu falecimento”, assinalou.
NOTA DE PESAR
Recebi com muito pesar a notícia da morte do ex-governador e do ex-prefeito de São Luís, Jackson Kleper Lago. Destacado político, Jackson Lago prestou relevantes serviços ao Estado. Foi um homem de grande coerência quando lutou pelas suas ideias. Fomos adversários nas últimas eleições, mas nunca inimigos e por ele sempre tive um profundo respeito. O Maranhão perdeu uma figura expressiva do seu mundo político que nos deixará um vazio. Solidarizo-me com sua mulher, seus filhos e demais familiares, ao tempo em que decreto luto oficial de 3 dias pelo seu falecimento. A ele e à sua memória prestaremos todas as reverências e o nosso maior respeito.
ROSEANA SARNEY
Governadora do Maranhão
Postado por Caio Hostilio em 04/abr/2011 - 3 Comentários
A morte é um fenômeno transcendental que encerra todas as vicissitudes da vida. É com grande comoção que lamento o falecimento do governador Jackson Lago, figura expressiva que dominou a política maranhense durante quase meio século. É com respeito que proclamo o seu caráter, a coerência na defesa de suas idéias e o idealismo com que exerceu os vários cargos que ocupou na vida pública. Ele deixa o exemplo de cidadão, de chefe de família, de homem público e o Maranhão tem a gratidão dos serviços que prestou à nossa terra. Eu e Marly nos associamos à dor de sua esposa e de sua família, do povo maranhense e da classe política pela perda que acabamos de ter. Pedimos a Deus que nos conforte com a lembrança de sua vida e de tudo de bem que fez pela sociedade, pelo Estado e pelo País.
José Sarney
Presidente do Senado
Postado por Caio Hostilio em 04/abr/2011 - 7 Comentários
São Paulo – O ex-governador Jackson Lago, 76 anos, segundo informações de correligionários que o acompanham em São Paulo, chegou ao hospital já em fase terminal. Ele chegou de cadeira de rodas e sem mais se alimentar. Não resistindo mais, acabou de falecendo nessa tarde.
De acordo com as informações médicas, essa fase é um momento que traduz a agonia de um doente terminal de câncer. É quando ele não se alimenta mais. Não dá para colocar comida na boca e, à simples menção de um prato com carne, ele sente vontade de vomitar. Sem comer direito durante vários dias, o paciente fica com o rosto chupado e o corpo exangue. O nojo tem uma explicação fisiológica. Pedaços do tumor necrosam e o organismo produz uma substância que corta o apetite – como se já não bastassem as dores, o medo e a solidão diante da morte próxima. Levantar-se é um esforço insano. Só com ajuda. A percepção da realidade se esvai devagarinho, até a hora em que o doente apenas pressente os familiares, enfermeiras e médicos que se movem ao redor, feito sombras. As drogas tiram a dor – não toda – e provocam sonolência e confusão. Não dá para saber se é dia ou noite nem quanto tempo passou desde a última tentativa de encontrar uma posição mais confortável na cama. A morte, quando chega, é uma bênção.
Segundo informações, a governadora Roseana Sarney já tem conhecimento da situação do ex-governador e colocou a disposição dos familiares toda e qualquer necessidade que precisem, além de colocar a disposição o Palácio dos Leões para que o seu corpo se velado. Por outro lado, a Assembléia Legislativa também colocou o plenário da Casa, para que seu corpo seja velado.
Nesse momento, não existe adversários políticos, mas sim a tristeza e compartilhar com a família todo o sofrimento.
Sabe-se, ainda, que o Dr. Jackson Lago quando via qualquer ludovicense chorava muito, pois não entendia o porquê de sua pífia votação em São Luís, em 2010.
Postado por Caio Hostilio em 04/abr/2011 - 5 Comentários
Dengue: Aviso para os que gostam de guardar bagulhos no quintal
Depois de identificarem os vírus 1, 2 e 3, agora descobriram o tipo 4. Não é a primeira vez que o vírus da dengue 4 chega ao País. Para especialistas, O Brasil tem um caráter hiperendêmico, com quatro sorotipos circulando – que era uma característica do Sudeste Asiático. O padrão da doença lá é mais em criança. A população mais velha já foi infectada. As crianças vão fazendo infecções seqüenciais e isso leva a casos mais graves. É o que ocorre hoje aqui: dengue em crianças, casos graves em pessoas com menos de 15 anos. O padrão está mudando. Até 2007, as crianças não representavam porcentual muito alto de casos graves. Na última epidemia, passou de 30%. Por isso, os especialistas dizem que é preciso estudar muito o perfil da dengue em criança, os fatores de risco dos casos são mais graves.
STF: No dia 27 será decidido se vaga é do partido ou da coligação
O Supremo Tribunal Federal (STF) marcou para 27 de abril o julgamento que colocará fim ao impasse sobre o critério de convocação dos deputados suplentes. Em plenário, os 11 ministros da Suprema Corte definirão se as cadeiras de parlamentares que se licenciam devem ser ocupadas pelos suplentes da coligação ou do partido. A divergência já criou atritos entre os poderes Judiciário e Legislativo, uma vez que a Câmara tem se recusado a cumprir liminares do STF que determinam a posse dos filiados ao partido, e não os da coligação.
Castelo: Dorme para administrar, mas é sisudo na arte de cooptar!!!
Todos sabem da falácia que é a administração do prefeito de São Luís, João Castelo. Ele vive dormindo enquanto a cidade vira um caos em todas as áreas, mas quando o assunto é cooptar, Castelo se transforma. Fica sisudo na arte de atrair o maior número de partidos para o seu governo.
Castelo sabe que no Brasil não há partido de representação. Que, uma vez no poder, todos os partidos são de ‘cooptação’, ou seja, se parecem e passam a atrair seus competidores para a distribuição de poder. Por isso, Castelo não titubeia na arte na arte da cooptação a qualquer custo, sob a desculpa da governabilidade. Para impor a vontade do Executivo, a estratégia é eliminar oposição à custa de afagos. E nossos políticos e partidos, via de regra oportunistas e fisiológicos, aceitam bem a adulação e os favores, vendendo às vezes caro, às vezes baratinho, conforme as circunstâncias, seu “desinteressado” apoio ou omissão. Por outro lado, fica extremamente difícil, senão impossível, administrar o conflito de interesses gerado por esse modelo. O mais provável é que o loteamento feito para garantir a governabilidade traga, ironicamente, como subproduto indesejável, o risco de perda de controle da atuação dos vários grupos de poder, cada qual puxando a administração para os seus interesses, nem sempre os mais legítimos. O loteamento da governabilidade geralmente se converte na ingovernabilidade do loteamento, trazendo surpresas desagradáveis. O feitiço virando contra o feiticeiro!!!
Querer ser sem nunca ter sido!!!
Hoje, numa conversa com um político experiente da “oposição” maranhense, perguntei-lhe se o novo líder da ‘‘oposição” seria o ex-deputado Flávio Dino. O experiente político respondeu assim: “Sua desmedida ambição leva-o a querer ser quase um monarca e até querer ser considerado divino, sem ter sido sequer líder do seu próprio grupo, que é coordenado pelo ex-governador José Reinaldo. Um líder não se deixa levar pelas vontades de seu padrinho e mentor político”.
Postado por Caio Hostilio em 04/abr/2011 - 3 Comentários
Entende-se por competência a capacidade, o poder de atuar, promover políticas, administrar recursos dentro do campo de ação que envolve todo o território de cada uma das esferas de poder: município, estado e União.
O conhecimento sobre as competências é de fundamental importância para saber em que assuntos ou matérias podem ser propostas políticas, ações e decisões.
Estas três esferas possuem poderes diferentes, sendo que alguns são específicos de cada uma, ou seja, exclusivos, outros são comuns às três esferas (União, estados e municípios). Para tanto, estas competências devem estar claramente definidas, evitando assim que uma esfera invada a competência da outra, como no caso de reforma agrária em que só a União pode fazer, cabendo as outras esferas colaborar, realizar parcerias etc.
Portanto, não existe hierarquia entre as três esferas, uma não é superior a outra, todas são autônomas, embora os seus espaços sejam diferentes e tenham abrangência diversa. Com isso, a importância da FAMEM, como representante legal dos municípios maranhenses e, principalmente, na ajuda para que os municípios cumpram de fato suas responsabilidades constitucionais.
A FAMEM tem como papel primordial, nesse momento de transformações, ajudar através de consultorias as prefeituras no que tange a aplicabilidade dos recursos do SUS, da Educação, dos convênios federais e estaduais, além da conduta correta da aplicação dos recursos advindos das emendas parlamentares. Seu papel é crucial. A presidência da entidade já se dispôs a dar as diretrizes necessárias para que os recursos sejam realmente destinados aos seus fins.
Um dos desafios primordiais hoje para a FAMEM e a conscientizar os prefeitos maranhenses de suas responsabilidades com a concepção e organização do SUS. A maioria esmagadora dos Gestores Municipais não sabe como funciona de fato o SUS.
Será que os gestores municipais desconhecem um dos itens no texto do Material Instrucional destinado as gestões municipais? Que se fundamenta na razão de que o Sistema Único de Saúde (SUS) teve como perspectiva na sua formulação e tem como proposta de organização a implantação dos Sistemas de Saúde Municipais, articulados regionalmente – ou seja, sistemas regionalizados, tendo base municipal, num processo de negociação permanente e dinâmica entre os níveis de governo municipal, estadual e federal, visando assegurar melhor atenção à saúde da população? A FAMEM tem que se integrar com a SES e, assim, levar de forma pedagógica de fácil assimilação essas responsabilidades.
Na verdade, O SUS é um eixo de descentralização, cuja responsabilidade não pode ser considerada isolada e estanque, mas sim como um componente e instrumento de seu objetivo último de melhoria das condições de saúde e de vida, o que implica não apenas “descentralizar o poder de fazer”, mas também o de mudar a “lógica” e a “prática” do sistema, o que implica buscar novos MODELOS DE ATENÇÃO e de GESTÃO.
É preciso essa união entre a SES e a FAMAM, para que sejam discutidos os aspectos e dimensões que são considerados importantes nos referenciais conceituais e metodológicos, cujos gestores municipais possam contribuir para a atuação dos gestores envolvidos no processo de implantação do SUS, a partir de sua base municipal.
A Secretaria de Saúde vem desenvolvendo uma operacionalização, buscando apresentar e sistematizar alguns “indicativos” que possam auxiliar a introdução e adaptação desta concepção e prática de trabalho em saúde nos Sistemas de Saúde Municipais e nas suas articulações regionais, entre os próprios municípios e deles com o nível estadual e federal, na substância de parceria que fundamenta o SUS.
Em minha avaliação empírica, a saúde por todo o Brasil está um caos, porém só terá avanços aqueles estados que realmente implantarem uma metodologia onde todo este processo de regulamentação e início de implantação, com seus avanços e recuos, acordos e conflitos, for assimilados por todos, particularmente com a SES, FAMEM, Assembléia Legislativa, Câmara municipais de vereadores, a sociedade civil etc. Com certeza a revisão das responsabilidades de cada um “Estado e Municípios”, dentro da concepção de pequena, média e alta complexidade, poderão ter ao menos uma saúde boa e de bem-estar aos maranhenses e seus enfermos.