Arquivo de fevereiro de 2014

O debate não é mais sobre as soluções para o Maranhão e sim sobre a eleição indireta…

Postado por Caio Hostilio em 26/fev/2014 - 2 Comentários

eleitorbrasileiroOs políticos estão preocupados com a eleição indireta para governador num eventual mandato tampão… Quanta patacoada!!!

Sabe-se que esse é o debate que melhor convém para os oposicionistas, haja vista que dessa forma eles deixam de ser crucificados pelas gestões péssimas que vêm oferecendo pelo Maranhão afora… Sobrando a eles as denúncias vazias que faz todos os dias contra o governo que aí está.

As gestões de Caxias, Tuntum, Matões e, principalmente, em São Luís continuam a praticar suas presepadas com a coisa pública, sem que ninguém as denuncie…

Por exemplo, as presepadas feitas pelo ex-gestor de Pinheiro, Zé Arlindo, que aprontou as piores improbidades com os recursos da saúde, coisa já apontada pelo Ministério Público do Maranhão.

O mesmo ocorre com a falta de preparo do Flávio Dino para presidir a EMBRATUR, cujas ocorrências são complicadas, principalmente a rejeição pelo CGU de um contrato superfaturado e agora a proibição das camisetas da Adidas… Isso vem mostrar o seu total despreparo com a administração pública.

Tem deputado governista que diz ter conversado com o Tema. O deputado acreditou nas baboseiras ditas pelo rapinado sobre o blábláblá das pesquisas mirabolantes.

O certo é que se ver o salve-se quem puder e o resto que se exploda… Apostam sempre em ser governistas!!!

Elas estão certas!!! Deputadas querem devedor de pensão na cadeia

Postado por Caio Hostilio em 26/fev/2014 - 1 Comentário

Bancada feminina se articula para evitar mudança no Código de Processo Civil que atenua punição e dá mais prazo para quem deve pensão alimentícia. Elas querem divulgar nome dos deputados que votarem por mudança na lei

Congresso em Foco

Plenário - Comissão GeralMinoria no Parlamento, maioria no eleitorado, as mulheres se articulam, na Câmara, para tentar manter a prisão para quem atrasa o pagamento da pensão alimentícia por três ou mais meses. Está na pauta do plenário, desta terça-feira (25), uma emenda da deputada Alice Portugal (PCdoB-BA) que restitui o regime fechado como forma de punição para o devedor, tal como é hoje. No final do ano passado, ao aprovar o texto-base do novo Código de Processo Civil, os deputados alteraram o regime para o semiaberto, que permite que o condenado trabalhe durante o dia e passe somente a noite na prisão.

Na avaliação da bancada feminina, que reúne 45 deputadas no exercício do mandato, a mudança representa um retrocesso na legislação e estimula o não pagamento das pensões. Para constranger os deputados a retomarem o regime fechado de prisão, elas vão propor que a votação seja nominal, para que cada parlamentar assuma, em voto aberto, sua posição.

“Nossa estratégia é a do dedo no voto. Hoje 52% do eleitorado são mulheres. Vamos cobrar e mostrar para a sociedade brasileira quem tem interesse em banalizar a pensão alimentícia”, diz a deputada Alice Portugal (PCdoB-BA), autora da emenda que será votada.

Para resgatar o que diz a atual legislação, a bancada tem o apoio do relator do novo Código de Processo Civil, deputado Paulo Teixeira (PT-SP).  “O cara espera ser preso para pagar. Se não tiver prisão, vai enfraquecer a cobrança”, observa o deputado, que foi derrotado na votação do texto-base. Ele era contra a mudança no regime.

Mais prazo

A versão aprovada pela Câmara em novembro prevê o regime semiaberto para quem não pagar a pensão e for condenado pelo juiz a regularizar a situação. Regime fechado, apenas para reincidentes. A proposta de novo Código também aumenta de três para dez dias o prazo para pagamento ou justificativa do devedor – mudança que a bancada feminina também quer derrubar.

“Quem depende de uma pensão para manter a prole não pode esperar. O executado por decisão judicial tem de realizar o pagamento. Se não houver indicação da prisão, isso será banalizado. Não há por que mudar a legislação”, defende Alice. A emenda da deputada também prevê a possibilidade de a dívida ser protestada em cartório, e o acusado ter seu nome incluído em cadastros de proteção ao crédito.

Cela separada

As deputadas aceitaram outra mudança na atual legislação: deixar expresso que o devedor da pensão terá de ficar separado dos outros presos no período que ficar detido, na prática, de um a três meses. Essa alteração está prevista no texto aprovado em novembro. Hoje, o pai que não paga pensão pode ficar junto de criminosos de alta periculosidade. A proposta obriga que o devedor seja mantido em cela separada. E, na impossibilidade de mantê-lo distante dos demais presos, admite até a prisão domiciliar. O cumprimento de pena domiciliar enfrenta resistência das deputadas.

“Essas mudanças são ameaças às crianças que passam fome e nós não iremos admiti-las”, diz a deputada Jô Moraes (PCdoB-MG), coordenadora da bancada feminina na Câmara. Na quarta-feira passada, os deputados não conseguiram chegar a esse item, uma das pendências para a conclusão da votação do projeto do novo Código de Processo Civil.

Outros nós

A sessão foi encerrada por causa de um impasse em torno de outro dispositivo, contestado pela liderança do PPS. O partido pressiona o relator a alterar a regra para os efeitos das chamadas decisões prejudiciais, aquelas tomadas no curso do processo, para dar força de lei a algumas dessas questões.  O líder Rubens Bueno (PPS-PR) negocia esse ponto com Paulo Teixeira. Só após destravar esse item, a Câmara deve passar à análise da pensão alimentícia.

Elaborado por uma comissão de juristas, em 2009, o novo CPC já passou pelo Senado. O texto-base sofreu diversas alterações na Câmara no final do ano passado. As mudanças continuaram com a apreciação de destaques e emendas neste mês.

Uma das últimas mudanças é a nova dor de cabeça dos juízes brasileiros, que veem portas abertas para a sonegação, o calote e a fraude, com a limitação do bloqueio de contas correntes de réus e suspeitos. Pela redação, nada pode ser bloqueado de forma urgente, com liminares. A decisão também não pode ser tomada por juízes de primeira instância, apenas por magistrados de tribunais. O presidente da Associação dos Juízes Federais (Ajufe), Nino Toldo, afirmou ao Congresso em Foco que a entidade vai pressionar os parlamentares para rever a decisão, que ainda precisa passar pelo Senado e pela sanção presidencial antes de virar lei.

Secretário Luis Fernando leva pavimentação para 4 municípios da Região do Munim

Postado por Caio Hostilio em 26/fev/2014 - 2 Comentários

_Foto-8O secretário de Estado de Infraestrutura, Luis Fernando Silva, assinou ordens de serviço para pavimentação asfáltica nos municípios de Icatu, Axixá, Morros e Cachoeira Grande, nesta terça-feira (25). As obras fazem parte do Programa de Pavimentação de Vias Urbanas, incluído no Viva Maranhão, que tem promovido o desenvolvimento do estado, por meio de ações em diversos setores como o de infraestrutura. Nas quatro cidades serão pavimentados 14 quilômetros de ruas e avenidas, segundo informou Luis Fernando.

Ele lembrou que as obras do Programa de Pavimentação de Vias Urbanas são realizadas diretamente pelo Governo do Estado.  “A pavimentação é uma mudança profunda nas cidades. Isso está fazendo com que muitas cidades do Maranhão, as pequenas, por exemplo, não tenham mais ruas a pavimentar. Nosso objetivo é fazer com que isso aconteça em todas as cidades do estado, isso é mais qualidade de vida, resgate da autoestima, valorização do patrimônio, melhora na educação, saúde e segurança”.

Em Icatu, serão 4 km de pavimentação asfáltica e 3 km em Axixá. Já os municípios de Morros e Cachoeira Grande serão beneficiados com 4 km e 3 km, respectivamente, de pavimentação. O programa, no total, alcança 1.100 km, em todas as cidades do Maranhão e demonstra o cuidado que o Governo do Estado tem com os municípios.

Asfalto nas ruas

A primeira assinatura de Ordem de Serviço foi em Icatu. O prefeito José Ribamar Moreira falou sobre a importância da obra. “Sinto-me muito feliz por essa obra, pois, este ano, Icatu completa 400 anos. E a pavimentação é gratificante não só para o gestor, como para toda a população”.

O secretário Luis Fernando anunciou, também, que já foi assinado convênio para construir a estação de abastecimento de água no município. “Dentro de pouco tempo esse problema da falta de água será coisa do passado e Icatu também não terá nenhuma rua sem asfalto, e a cidade será cada vez melhor”.

Em Axixá, Luis Fernando Silva foi recebido pela prefeita Roberta Barreto. Também presentes o secretário de Estado de Cidades e Desenvolvimento Urbano, Hildo Rocha, e os deputados estaduais Eduardo Braide e Roberto Costa. Para a prefeita o Maranhão está vivendo um novo momento com a urbanização dos municípios e asfaltamento das estradas. “Os moradores do interior estão sentindo a diferença”.

Já em Morros serão 4 km de asfalto, realizados por meio do Programa de Pavimentação de Vias Urbanas. Além disso, o município terá mais 5 km, por meio de convênios entre a prefeitura e o Governo do Estado, totalizando 9 km de ruas e avenidas asfaltadas.

A prefeita Silvana Alves afirmou que a população é a maior beneficiada. “Esse projeto de desenvolvimento, instalado pelo governo e com a parceria da prefeitura, que é quem escolhe as vias beneficiadas, está melhorando a qualidade de vida da população de Morros”.

Cachoeira Grande foi a última cidade a ter as obras de pavimentação iniciadas, nesta terça (25). No município serão 3 km de asfalto em ruas e avenidas essenciais para o desenvolvimento do lugar, como afirmou o prefeito Francivaldo Vasconcelos. “Esta obra me deixa muito feliz, pois as ruas que serão asfaltadas são fundamentais para a população. Vamos pavimentar a rua de acesso ao jardim de infância, a outra rua é a da creche, tem a do hospital e da quadra de esporte. Escolhemos ruas importantes para melhorar a qualidade de vida da população”.

Aprovação

A funcionária pública de Morros, Maria do Remédio Santos, contou que o asfalto transforma a vida das pessoas. “Essa obra é uma bênção, isso mostra que o secretário Luis Fernando se preocupa com a vida das pessoas, em garantir uma moradia digna, não é só falar é mostrar com ações o compromisso com o povo”, avaliou.

“A população sonhou muito com essa obra, e é a maior beneficiada. Minha rua já foi asfaltada e tudo melhorou, inclusive, as nossas casas valorizaram”, completou o pescador Juarez Pestana, morador do bairro Centro, em Axixá. Para a enfermeira Alzerina Constatino a pavimentação representa uma grande mudança de vida. “É algo maravilhoso para todos nós, para quem mora naquela rua e também para quem passa por lá”.

Investimentos

No município de Icatu serão pavimentadas as ruas 5, 6 e 7; as ruas 1 e 2 do Conjunto Juncal; a rua e Travessa dos Abacateiros, as ruas da Acerola, da Caema, Campo de Aviação, Lourival Diniz, a Avenida Guaxenduba e a Travessa da Fonte Grande.

Em Axixá serão beneficiadas as Ruas Hermínio, Porto das Pedras, Aldelino Fontoura, Flores, Herculano Parga, Rua do Cemitério, do Mercado, São Paulo, Bom Milagre, da Estopa e Travessa Ruy Paz. Os investimentos são da ordem de R$ 982.859,98.·.

Já em Morros serão contemplados a ruas do Sol, Retiro, Liberal, São Francisco, Adalgisa Costa, Santa Luzia, Nova e Nazaré, Travessa da Alegria e o Povoado Peixinho, da entrada da UPA até a última casa da localidade. Os investimentos são de R$ 1.290.598,71.

As ruas a serem asfaltadas em Cachoeira Grande são a da Rampa do Cais 1 e 2, do Cemitério, Torre de Chumbo, Rua da Torre, Travessa Carmino de Moraes, Travessa e rua da Paz, rua da Creche, rua do Bico, rua Ana Maria, Rua do Sindicato e Getúlio Vargas. Os investimentos são de R$ 973.862,05.

Assim estão os deputados a espera da eleição indireta…

Postado por Caio Hostilio em 26/fev/2014 - Sem Comentários

plenario-assembleia1-300x225Tudo leva crer que o índio quer apito!!! Se partirmos da primisa de quem dá mais leva, essa eleição indireta para governador tampão do Maranhão ainda vai ter muitos acontecimentos…

Segundo informações, os deputados governistas que apoiam a candidatura de Arnaldo Melo são: Tatá Milhomem, André Fufuca, César Pires, Jota Pinto, Francisca Primo, Carlinhos Florentino, Edilazio Júnior, Roberto Costa e Rogério cafeteira.

Arnaldo Melo tem, ainda, o apoio dos 11deputados da oposição, porém não se sabe qual será as benesses que terão.

Por outro lado, Luís Fernando tem até o momento os votos dos deputados Max Barros e Manoel Ribeiro.

Os demais deputados estão sobre o muro, esperando pra que lado o vento vai soprar….

Concordo Plenamente: “É a falta de ação de ontem, impede a ação de hoje…”

Postado por Caio Hostilio em 26/fev/2014 - Sem Comentários

Não poderia deixar de publicar a matéria do jornalista Marco D’Eça “O passado e o presente na indireta da Assembléia…”, haja vista que a inércia de muitos, a luta pelo poder de outros, a ganância por farelos de alguns e a fome pelo dinheiro, foram cruciais para que se veja essa balburdia generalizada no grupo que está no governo.

Apenas se ativeram ao presente, porém esqueceram quais seriam as conseqüências de toda essa inércia no futuro próximo. Agora estão provando do amargo!!!

Ouve-se o presidente da Assembléia Legislativa dizer que é homem de grupo… Mas de que grupo ele está falando?

Juntar cacos agora é muito complicado, ainda mais sabendo que esses que atropelaram a eleição para Mesa Diretora da Assembléia Legislativa em 2011 criaram asas!!!

É como diz o dito popular: “Formiga que cria asa voa!!!”

Vamos ao texto de Marco D’Eça:

FOTO-8-HANDSON-CHAGASA governadora Roseana Sarney (PMDB) enfrenta dificuldades para encontrar um bom termo entre ela e o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Arnaldo Melo (PMDB), que lhe garanta deixar o governo para ser candidata ao Senado.

E o tempo começa a se esgotar.

Ela tem pouca margem para articulação: ou fica no governo para trabalhar pela candidatura de Luis Fernando Silva (PMDB), ou sai para ser candidata ao Senado, inviabilizando o projeto governamental.

Arnaldo Melo não demonstra o menor sinal de que aceitará preparar a eleição indireta para Luis Fernando.

Mas o problema de agora é resultado de um problema de ontem.

Em 2011, Roseana abriu mão de peitar a Assembleia para garantir o deputado Ricardo Murad (PMDB) na presidência da Assembleia.

Na época Melo – que vinha de sucessivas derrotas na tentativa de chegar ao comando da Casa – sequer cogitava disputar novamente.

Ocorre que a conspiração correu solta contra Murad,  que era o virtual presidente até dois dias antes do pleito.

A maior parte do grupo Sarney trabalhou contra a candidatura de Murad – dentro e fora do governo; dentro e fora da Assembleia.

Mesmo assim, Roseana preferiu eximir-se, evitando conflito com os deputados logo no início do governo.

O resultado é que, agora, está numa espécie de xeque-mate.

E a falta de ação de ontem, impede a ação de hoje…

Quem grita “não vai ter Copa” nas manifestações

Postado por Caio Hostilio em 25/fev/2014 - Sem Comentários

Agência Pública
20140224-164751.jpgO cenário é um centro acadêmico de uma universidade na zona oeste de São Paulo, num início de noite de um final de janeiro surpreendentemente seco. Sentadas em roda estão cerca de 20 pessoas. Enquanto a reunião não começa, as pessoas conversam em voz baixa, fazendo críticas à polícia, à Copa do Mundo de 2014, ao governo federal, ao governo do Estado de São Paulo. O grupo é heterogêneo: homens mais velhos, adolescentes de ambos os sexos, mulheres, trabalhadores, estudantes. Em comum, eles têm o fato de pertencer a movimentos sociais – dos mais tradicionais, experientes em protestos de rua, aos mais recentes, que ganharam notoriedade a partir da onda de manifestações de junho do ano passado.

Eles estão ali para organizar o segundo ato do ano sob um lema polêmico: “Se não tiver direitos, não vai ter copa”. O primeiro ocorreu no dia 25 de janeiro.

Nas redes sociais, as quatro últimas palavras do lema do grupo causaram furor nesse início de ano, embora o “Não Vai Ter Copa” tenha surgido nas ruas, em junho, durante algumas manifestações. Também foi agora que o PT e o governo federal reagiram nas redes sociais, preocupados com a possibilidade de que as manifestações empanem o brilho da copa no Brasil em ano de eleições – e tenham o mesmo efeito devastador de popularidade que a presidenta Dilma (como todos os governantes) enfrentou em junho do ano passado.

No domingo, dia 12 de janeiro, a 13 dias da primeira manifestação chamada pelo coletivo, a reação do PT veio em um post na página oficial do partido no Facebook: “Tá combinado. Uma boa semana para todos que torcem pelo Brasil”. Acompanhada da frase, havia uma foto com a hashtag #VaiterCopa. Na página oficial da presidenta Dilma, o mesmo tom: “LÍQUIDO E CERTO. Uma boa semana para todos que torcem pelo Brasil” e mais uma vez uma foto com a mesma hashtag. Hoje, a hashtag usada pelo governo e o PT é #CopadasCopas, o mote oficial.

Nos blogs e redes sociais, houve quem tratasse o movimento como “terrorista” e “caso de polícia”. Críticos mais moderadas afirmam que os protestos da copa, se tivessem o mesmo efeito devastador na popularidade da presidenta Dilma, estariam abrindo caminho para os partidos de direita.

Mas afinal, o que é esse novo movimento? O que pretende? Como eles responderiam às críticas das quais têm sido alvo? Foram essas perguntas que me levaram àquela reunião.

Manifesto e o crescimento da articulação

No dia 10 de dezembro do ano passado, Dia Internacional dos Direitos Humanos, foi lançado um manifesto do movimento com o título “Se não tiver direitos, não vai ter Copa”. “(…) Junho de 2013 foi só o começo! As pessoas, os movimentos e os coletivos indignados que querem transformar a realidade afirmam através das diversas lutas que sem a consolidação dos direitos sociais (saúde, educação, moradia, transporte e tantos outros) não há possibilidade do povo brasileiro admitir megaeventos como a Copa do Mundo ou as Olimpíadas. Isso significa que as palavras de ordem no combate a esses governos que só servem às empresas e ao lucro devem ser: ‘Se não tiver direitos, não vai ter Copa!’”, dizia um trecho do manifesto.

E seguia adiante: “Nossa proposta é barrar a copa! Mostrar nacionalmente e internacionalmente que o poder popular não quer a copa!”. Depois, o manifesto se referia às manifestações contra o aumento da tarifa de transportes que detonaram a onda de protestos em junho: “Os dirigentes políticos disseram que era impossível atender a pauta das manifestações pela revogação do aumento, entretanto o poder popular nas ruas nos mostrou que realidades impossíveis podem ser transformadas, reivindicadas e conquistadas pelo povo. E mesmo assim dirão: ‘mas isso é impossível!’ Então nós diremos: ‘o impossível acontece!’”.

Cinco movimentos assinam o manifesto. O mais conhecido deles talvez seja o Movimento Passe Livre (MPL), um dos principais catalisadores dos protestos políticos em junho com a pauta do modelo de transporte público. Os outros são o Fórum Popular de Saúde do Estado de São Paulo, articulação que reúne diversos coletivos em defesa das melhorias na saúde pública; o Coletivo Autônomo dos Trabalhadores Sociais, que reúne, principalmente, assistentes sociais que atuam em São Paulo; o Periferia Ativa, fundado por comunidades da zona sul e da região metropolitana da capital paulista; e o Comitê Contra o Genocídio da População Preta, Pobre e Periférica, que combate a violência da polícia e dos grupos de extermínio ligados a ela que atuam nas periferias.

“Não sou filiado a nada”

Os focos das organizações, como se vê, são diferentes, mas o que as une é a luta pelos direitos humanos da população excluída, que consideram ainda mais ameaçados pela realização da Copa. Sérgio Lima, do Fórum Popular de Saúde, descreve assim os integrantes do movimento: “É um pessoal que já participou de muita luta, pessoal de movimento social mesmo, que tá cansado de gabinete e tudo mais. Eu sou um caso que postulei muito tempo luta de gabinete. Mas hoje não sou filiado a nada”, afirma. E explica os objetivos do grupo: “Ao meu ver, é dizer que a gente não precisava da Copa nesse momento, diante de tantas mazelas em transporte, educação, saúde. Acredito que é nesse sentido”.

Quando lembro as críticas, expressas principalmente nas redes sociais, de que o “Não vai ter Copa” serve aos partidos de direita, ele dá risada. Conta que, inclusive, já foi filiado ao PT. “Eles sempre dizem isso”, desdenha.

Pergunto então se eles realmente pretendem barrar a Copa, e de que maneira. “É um objetivo sim. De enfrentamento mesmo, a gente sabe que é uma luta desleal e cruel, mas a gente tem isso como pauta, sim. Queremos ganhar a massa, ganhar corpo e fazer o enfrentamento com os protestos nas ruas. Não queremos nenhum ato violento, nem se cogita isso. Queremos barrar com os protestos mesmo”, afirma.

Anticapitalistas

Além das organizações citadas, o movimento também atraiu ativistas que militavam em partidos políticos à esquerda do PT, como o PSTU e o PSOL. O movimento Juntos!, por exemplo, que surgiu no início de 2011 a partir da juventude do PSOL, também forma a base de apoio.

“A gente entende a Copa do Mundo como parte de um aspecto crítico do crescimento capitalista. Com o crescimento, ao invés de termos investimentos nos setores públicos, em saúde, educação, transporte, moradia, o que temos é um processo de subserviência ao projeto tradicional de acumulação, que é esse megaevento comandado por uma entidade absolutamente corrupta como a Fifa. O único objetivo da Copa é enriquecer os parceiros comerciais da Fifa e as grandes empresas no Brasil. E isso tem sido feito com a produção de cidades de exceção”, afirma Maurício Costa Carvalho, do Juntos!.

Para Maurício, os protestos de agora fazem parte de uma sequência de manifestações que vem ocorrendo nos últimos anos no mundo todo – dos indignados na Espanha ao Occupy Wall Street nos Estados Unidos. Foram esses protestos, ele diz, que motivaram a criação do Juntos!: “Todos os governantes tiveram a sua popularidade bastante desgastada depois das jornadas de junho. Isso mostra que não é um problema de um partido ou de outro, só. É um problema da estrutura da velha política partidária no país. As manifestações mostraram que é necessário ter mudanças estruturais. E essas mudanças passam por ter uma política que é completamente distinta dessa política que vem sendo feita. É necessário que se ouça a voz das ruas e que a política não se resuma a passar um cheque em branco a um candidato a cada dois anos”.

Pergunto se a ligação do Juntos! com o Psol, que vai lançar o senador amapaense Randolfe Rodrigues como candidato à presidência neste ano, compromete a independência partidária do grupo. “O Juntos! é um grupo que têm militantes do Psol, mas que tem muitos militantes que não são do Psol, tem seus fóruns próprios, seus próprios grupos de discussão. Existem militantes do Psol que participam de vários grupos diferentes. Então não tem nada ligado à estrutura do Psol”, diz.

Ciberativismo

Desde a redação do manifesto, a articulação se define como horizontal, sem que ninguém chame para si o papel de líder ou organizador do movimento. Todos participam da discussão das pautas e estratégias dos atos. E o coletivo continua a atrair novos atores, como integrantes do Sindicato de Metroviários de São Paulo, membros de movimentos de moradia como o Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST), representantes do movimento estudantil, do GAPP (Grupo de Apoio ao Protesto Popular), um coletivo que presta primeiros socorros aos manifestantes atingidos, entre outros. Um caldo bem heterogêneo, basicamente formado por movimentos urbanos de esquerda com pautas clássicas (moradia, saúde, educação, transporte…) e outros de ciberativismo, como demonstram as páginas do Facebook “Contra a Copa 2014” e “Operation World Cup”, do grupo Anonymous.

“Houve uma junção [com os grupos de ciberativismo]. Tinha uma rapaziada que já tinha criado um evento no Facebook chamando protestos contra a Copa e a gente se articulou com eles e chegamos com uma pauta mais concreta”, conta Sérgio Lima, do Fórum Popular.

Segundo os ativistas ouvidos pela reportagem da Pública, os grupos que atuam online têm duas funções básicas: ajudar a divulgar os protestos e veicular a versão dos manifestantes para episódios controversos. O ato do dia 25 de janeiro, por exemplo, era focado em São Paulo, já que tinha como gancho o aniversário da capital paulista. Mas a divulgação e articulação nas redes acabou multiplicando os protestos em outras cidades do país.

O grupo online também se articulou para rebater as informações de que adeptos do black bloc teriam incendiado o Fusca do serralheiro Itamar Santos, de 55 anos. As primeiras informações da imprensa davam conta de que o carro tinha sido incendiado pelos adeptos da tática, mas a página “Contra a Copa 2014” divulgou um vídeo, três dias depois, mostrando imagens de Itamar tentando passar com o Fusca por cima de um colchão em chamas, que ficou preso no carro e o incendiou.

Há muitos membros de movimentos sociais, porém, que associam o Anonymous e outros grupos ciberativistas a setores conservadores, até mesmo à própria polícia. Eles se declaram apartidários.

Bandeiras clássicas

“Se tem alguém de direita ali, está muito bem escondido”, afirma categoricamente Sérgio Lima. Maurício Carvalho, do Juntos!, concorda: “Nós estamos elaborando uma lista de reivindicações de direitos básicos de algumas bandeiras que estão envolvidas em seis eixos: saúde, educação, transporte, moradia, contra a ingerência da Fifa e contra a repressão. E todas essas bandeiras são históricas que a esquerda e os movimentos sociais construíram”.

Outro membro da articulação é o ativista Vitor Araújo, o “Vitinho”, que perdeu um olho em uma manifestação do último dia 7 de setembro, em São Paulo, enquanto cobria a manifestação pelo Basta TV, um canal independente. Vitor afirma que perdeu o olho depois de uma bomba da Polícia Militar estourar perto do seu rosto – episódio que o motivou a seguir nas ruas. “Nosso movimento é horizontal e não partidário, nem ideológico. Existe muita discussão, muita gente com ideologia diferente, mas temos um único cunho que é ‘Se não tiver direitos, não vai ter Copa’: direito à saúde, à educação, à moradia, à segurança pública. São por esses méritos que cada uma das pessoas luta por um objetivo final”, afirma.

A fala de Vitor parece ilustrar a crise de representação política tão citada pelos sociólogos no momento em que vivemos. Ele diz não acreditar nos métodos da política clássica, apesar de não se opor à participação de ativistas que militam nos partidos. “Nossa luta é por direitos básicos, que estão na Constituição e não acontecem. Não tem vinculação a partidos, a ideologias”, realça, acrescentando que também já fez manifestações contra o chamado “Propinoduto Tucano” (denúncia de corrupção nos contratos do metrô e trens de São Paulo) e que não há motivos partidários nas manifestações contra a copa.

“É simples: havia um acordo, que era o do governo montar toda uma estrutura em volta da copa, dos estádios. Isso não aconteceu e é por isso que a gente luta. São sete anos e eles não cumpriram esse acordo”, explica.

Vitor também nega a presença tanto de “pessoas assumidamente de direita” como de adeptos da tática black bloc na concepção e organização dos movimentos contra a Copa. “Os protestos são convocados na internet, nas redes sociais, são abertos. Eles veem e se organizam para ir lá”, diz. Também diz entender a atitude black bloc como uma reação à violência policial. “Posso te dizer, já fui em muita manifestação aqui em São Paulo e quem começa a reprimir é sempre a PM”, afirma.

Vários protestos sob o lema “Se não tiver direitos, não vai ter Copa” estão previstos para acontecer nesse semestre. Cada protesto levantará a bandeira de um direito que, na visão dos ativistas, é negado à população, ou então problemas concretos acarretados pela Copa. No dia 22 de fevereiro está marcado um ato na Praça da República, centro de São Paulo. O mote do protesto é a educação.

Com cautela

A Articulação Nacional dos Comitês Populares da Copa (ANCOP) apoia os atos realizados pelos coletivos, mas não participa de sua articulação. Cada comitê popular em cada cidade-sede tem independência para aderir ou não aos atos. “O lema ‘Não vai ter Copa’ veio das ruas, das manifestações, não foi imposto por nenhum grupo político. A gente claro que aceita. Não temos a pretensão de ser vanguarda ou monopolizar a resistência à copa. Mas no entendimento que a gente tem discutido bastante, o ‘Não Vai Ter Copa’ é muito mais uma palavra de ordem do que um objetivo concreto. Dentre os nossos objetivos não está não acontecer a copa. Temos objetivos concretos, como reparações às vítimas da Copa”, diz Marina Mattar, do Comitê Popular de São Paulo.

“Dá para perceber que são movimentos bem heterogêneos, tem de tudo nessa proposta. Ela vem com pouco debate político e alguns comitês não conseguem contato com quem tá propondo, organizando. Aqui em Porto Alegre a gente não conhece as pessoas que estão propondo isso”, diz Claudia Favaro, do Comitê Popular de Porto Alegre. “Quando chamaram o ato do dia 25, não foi conversado com o Bloco de Lutas pelo Transporte Público e nem com o Comitê, que são os espaços onde os coletivos estão organizados. Aqui a gente não tem essa posição de que mobilização só se chama pela internet. E existe uma preocupação por parte da esquerda em geral da apropriação da pauta por setores mais conservadores. A gente se soma ao grito de ‘Não vai ter Copa’ entendendo que é uma amarra na garganta de um povo que já está oprimido há um tempo, mas ainda vemos com cautela”, diz ela.

“Em todos os debates que a gente teve a gente acha até ruim que o debate fique polarizado entre ‘Vai ter Copa’ e ‘Não Vai Ter Copa’. Fica então uma discussão superficial, a gente não discute as violações. E o que a gente quer discutir são as violações”, opina Renato Cosentino, do Comitê Popular do Rio de Janeiro. “Tanto as violações diretas em decorrência da copa como as de modelo de cidade que a Copa do Mundo faz parte. É isso que a gente vem tentando dar destaque. Mas é claro que a gente apoia o lema e as mobilizações contra a copa”, completa.

Disputa que não alcança a maioria do eleitor!!! A guerrilha de R$ 30 milhões nas redes sociais

Postado por Caio Hostilio em 25/fev/2014 - Sem Comentários

internetEmbora a internet já tenha sido um campo de batalha importante em 2010, na expectativa dos marqueteiros dos principais partidos, a guerra pelas redes sociais na campanha presidencial deste ano será ainda mais acirrada e poderá ser decisiva para o triunfo eleitoral. Se é verdade que a propaganda na tevê conserva sua importância e mantém-se como destino preferencial dos gastos dos candidatos, no meio político existe também a convicção de que a internet está destinada este ano a se tornar o espaço prioritário para o eleitor resolver dúvidas, confrontar propostas e, numa função ativa que só as redes sociais permitem, combater no corpo a corpo pelo candidato de sua preferência.

Hoje, 105 milhões de pessoas têm acesso à internet no Brasil e cada uma delas costuma passar em média duas horas por dia conectada à rede. Na internet, o brasileiro já faz compras, tira diploma universitário e até se casa com ajuda das redes sociais. É muito provável também que a internet seja usada pelo eleitor para definir seu candidato presidencial. A partir dessa percepção, a pré-candidata à reeleição Dilma Rousseff (PT) e os presidenciáveis Aécio Neves (PSDB) e Eduardo Campos (PSB) já começaram a montar seus bunkers digitais.

Num esforço para capturar o voto desses brasileiros, os comitês do PT, PSDB e PSB programam um investimento total de R$ 30 milhões e planejam mobilizar uma massa de 90 mil militantes eletrônicos até outubro.

Os redutos ameaçados do PT

Ao conferir, nos últimos dias, o mapa eleitoral nos Estados, a presidenta Dilma Rousseff franziu o cenho de preocupação. Dilma percebeu que o cenário político lhe é desfavorável em seis Estados nos quais o resultado eleitoral tinha sido determinante para sua vitória na corrida ao Palácio do Planalto em 2010. São eles: Minas Gerais, Pernambuco, Rio de Janeiro, Maranhão, Ceará e Bahia. Nesses locais, ela obteve em 2010 uma vantagem de 12,6 milhões de votos sobre José Serra. No total, Dilma venceu o tucano por uma diferença de 12%. Só em Pernambuco, Bahia e Ceará, Dilma conquistou cerca de 7,5 milhões de votos a mais que o rival. Agora, nesses Estados, rachas entre siglas da base aliada ou rearranjos locais e nacionais fortalecem as candidaturas do governador pernambucano, Eduardo Campos (PSB), e do senador Aécio Neves (PSDB), principais adversários de Dilma.

As pegadas de Matarazzo

Os escândalos envolvendo as sucessivas gestões do PSDB à frente do Estado de São Paulo chegaram à antessala da cúpula tucana. Na última semana, após acatar a denúncia de corrupção do Ministério Público Federal em estatais de energia durante o governo de Mário Covas, o juiz federal Marcelo Cavali autorizou também a abertura de um novo inquérito para investigar o vereador tucano e serrista de primeira hora, Andrea Matarazzo. “Pessoas submetidas à sua esfera de comando hierárquico foram tidas como beneficiárias de propinas”, escreveu o magistrado na terça-feira 18. “Além disso, há ao menos indício de que o próprio partido político ao qual é filiado (o PSDB) e a própria Secretaria de Energia dirigida por ele – conquanto em curto espaço de tempo – tenham sido beneficiários de valores indevidos”, complementou. A decisão frustrou a tentativa de Matarazzo de encerrar as investigações. Para a Justiça e o MPF, há sim o que se apurar sobre a conduta do tucano. Documentos que aguardam apenas uma autorização do Tribunal de Bellinzona, na Suíça, para desembarcar no Brasil podem esclarecer a ligação de Matarazzo com o esquema operado para beneficiar a multinacional francesa Alstom.

O golpe de Azeredo

Ao renunciar ao mandato de deputado federal na quarta-feira 19, o ex-governador de Minas Gerais Eduardo Azeredo (PSDB) produziu uma manobra que pode embaralhar o jogo da ação penal que investiga o mensalão mineiro. Principal personagem da denúncia, o agora ex-parlamentar é acusado de participar do desvio de recursos de empresas estatais mineiras para abastecer sua campanha de reeleição ao governo em 1998. Azeredo tenta ser julgado como cidadão comum numa vara de primeira instância de Minas Gerais, onde o processo engatinha sem que se saiba sequer quando os réus serão acusados. Sem falar que, depois de ouvir a sentença, ele terá direito a apresentar recurso em segunda instância, num processo que costuma levar seis anos, em média, para chegar ao fim. Se conseguir a transferência para primeira instância, Azeredo estaria às portas da absolvição, uma vez que já tem 66 anos e depois dos 70 as penas poderiam prescrever.

Veja

Mordomias, dinheiro e liberdade

A vida na cadeia é terrível em qualquer circunstância, mas pode ser pior quando não se tem amigos influentes do lado de fora. Por decisão do ministro Joaquim Barbosa, presidente do Supremo Tribunal Federal, cabe aos juízes da Vara de Execuções Penais de Brasília aplicar as penas estipuladas pela corte aos condenados no processo do mensalão, o maior esquema de corrupção da história do país. Os magistrados escolhem quais presídios devem abrigar os criminosos, decidem sobre eventuais benefícios e fiscalizam se as penas estão efetivamente sendo cumpridas de acordo com a lei.

Na quarta-feira passada, já era noite quando dois dos juízes da Vara de Execuções Penais chegaram de surpresa ao Centro de Progressão Penitenciária, o CPP, presídio que agora abriga o tesoureiro do mensalão, Delúbio Soares. O petista, que cumpria sua pena na Papuda, foi transferido para o CPP depois de ganhar o direito de trabalhar durante o dia e passar apenas a noite na cela. Para quem estava confinado, é um considerável salto de qualidade de vida. O CPP fica a dez minutos do centro de Brasília, é livre de grades, tem regras de segurança flexíveis e instalações mais confortáveis.

A inspeção tinha o objetivo de apurar a veracidade de denúncias sobre privilégios que teriam sido postos à disposição do detento mais famoso do lugar. Os magistrados revistaram as celas, ouviram depoimentos e concluíram que, de fato, o mensaleiro goza de algumas vantagens: de pequenos agrados, como um cardápio exclusivo, a valiosos favores, como autorização para receber visitas fora do horário. No fim de semana, quando os presos são obrigados a permanecer na cadeia, o almoço de sábado ganhou um item especial: feijoada — segundo os condenados, algo impensável até a chegada de Delúbio.

Teoria da Conspiração

A presidente Dilma Rousseff é a favorita na próxima corrida eleitoral. Segundo pesquisa encomendada pela Confederação Nacional do Transporte (CNT), ela seria reeleita hoje no primeiro turno, com 43,7% dos votos, caso enfrentasse o senador Aécio Neves (PSDB) e o governador Eduardo Campos (PSB), que aparecem, respectivamente, com 17% e 9,9%. Além da liderança nas intenções de voto, Dilma tem a seu favor o controle da poderosa máquina federal, com suas benesses bilionárias, e a possibilidade de montar a maior coligação desde a redemocratização, o que pode lhe garantir o dobro do tempo na propaganda eleitoral em relação a seus rivais. Na área econômica, a presidente também conta com bom desempenho em indicadores diretamente ligados ao bolso e ao humor dos eleitores, como emprego, renda e consumo familiar. Apesar de tais credenciais, a candidatura de Dilma é alvo de uma “guerra psicológica” — guerra essa travada não por expoentes da iniciativa privada interessados em sabotar a economia nacional, como ela pregou na TV, mas por setores do próprio PT.

Renúncia não é absolvição

O deputado federal Eduardo Azeredo (PSDB) viveu na semana passada uma das situações mais constrangedoras da carreira de um político. Azeredo renunciou ao mandato. Sem ele, espera escapar de ser julgado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por crimes de que foi acusado quando tentou e não conseguiu se reeleger governador de Minas Gerais em 1998. A manobra, porém, talvez não funcione, pois há precedentes. O Supremo pode chamar para si a responsabilidade, se entender que a renúncia foi movida apenas pelo interesse de levar o julgamento para instâncias inferiores, mais lentas e mais suscetíveis a pressões. Azeredo foi acusado de desviar 3,5 milhões de reais dos cofres públicos para sua campanha à reeleição. A Procuradoria-Geral da República (PGR) pediu sua condenação a 22 anos de reclusão pelos crimes de peculato (apropriação de bens públicos) e lavagem de dinheiro.

Lá vêm eles com outra lei

Desde que os romanos perceberam que conseguiam distrair o populacho com pão e circo, políticos de todos os quadrantes tentam encontrar distração semelhante. No Brasil de hoje, são as leis. Ao menor sinal de clamor popular com um crime particularmente bárbaro, uma tragédia evitável ou uma nova onda de violência, Brasília saca do bolso a solução de praxe: criar outra lei ou aumentar as penas da lei vigente. Agora, com a morte do cinegrafista Santiago Andrade, provocada pela baderna agressiva dos black blocs, as autoridades — deputados, senadores, secretários de Segurança Pública e o ministro da Justiça — reabriram o debate recorrente: que lei faremos?

O mascarado da Petrobras

O empresário Julio Faerman é o homem-chave para desvendar o escândalo de corrupção que envolve a maior empresa do Brasil, a Petrobras. Faerman é apontado, em uma denúncia feita por um ex-funcionário da companhia holandesa SBM Offshore, como o lobista responsável por intermediar pagamentos de propina de pelo menos 30 milhões de dólares a funcionários da petroleira brasileira. O objetivo seria conseguir contratos, que somam mais de 9 bilhões de reais, para o aluguel de plataformas de exploração do petróleo. Uma auditoria interna da SBM mostrou que, de 2007 a 2011, a empresa subornou autoridades e políticos em Angola, Cazaquistão, Guiné Equatorial, Itália, Iraque e Malásia — até 250 milhões de dólares teriam passado por esses dutos de corrupção.

Época

Um banco camarada até demais

Numa tarde movimentada no Congresso, em 2007, o então presidente do Banco do Nordeste, o BNB, Roberto Smith, subiu ao 14° andar do Senado para conversar com o senador Gim Argello, do PTB de Brasília. Smith estava acompanhado por um assessor e por um deputado federal. Ele estava lá para conversar com um convidado e amigo de Gim, o empresário Walter Torre, dono de uma das maiores construtoras do país, a WTorre. Gim atuara ali como intermediário entre um empresário com um problema e um burocrata com uma solução. A partir daquele instante, um banco estatal, com orçamento de aproximadamente R$ 10 bilhões por ano para gastar e juros camaradas a oferecer, estava à disposição de Walter Torre. O momento em que Torre abordou Smith – ou Smith abordou Torre – não poderia ter sido mais oportuno. Com dinheiro saindo pelo ladrão, o BNB acabara de criar uma diretoria para capitalizar empresas que nem mesmo precisavam se envolver em projetos de desenvolvimento da região, contrariando a ideia inicial do ex-presidente Getúlio Vargas ao criar o Banco do Nordeste, em 1952. Era o caso da WTorre, uma empreiteira de São Paulo. Após o encontro no Senado e negociações subsequentes, a WTorre conseguiu levantar R$ 110 milhões ao vender títulos no mercado, comprados principalmente pelo BNB.

Carta Capital

Saída pelos fundos

O deputado federal Eduardo Azeredo inspirou-se no Leão da Montanha, um velho personagem dos desenhos animados. Abandonado pelo PSDB e diante da possibilidade de enfrentar praticamente sozinho o cadafalso no Supremo Tribunal Federal, saiu pela direita. Ou pelos fundos. Na quarta-feira 19, Azeredo entregou sua carta de renúncia à mesa diretora da Câmara. Na missiva, se diz inocente, classifica as acusações por peculato e lavagem de dinheiro de “Injustas, agressivas, rad ica is e desumanas” e justifica a desistência do mandato como uma forma de escapar da execração pública.

Próxima parada: banco dos réus

Em 2008, o estado de São Paulo entrou na rota cias investigações de um esquema internacional de pagamento de propinas arquitetado pela multinacional de origem francesa Alstom. Em mato daquele ano, o Ministério Público suíço apontou um suposto repasse pela empresa de 23,3 milhões de reais, por meio de uma sofisticada lavagem de dinheiro promovida por empresas offshore, a importantes funciona rios i públicos paulistas, durante a gestão do governador Ma rio Covas, do PSDB, em 1998. A intenção era garantir u ma renovação ilegal, sem licitação, de um contrato nu valor de 181,3 milhões de reais para o fornecimento de equipamentos à Empresa Paulista de Transmissão de Energia (Epte) e à Eletropaulo.

Prévias do Carnaval do Maranhão agitam os municípios da Região Tocantina

Postado por Caio Hostilio em 25/fev/2014 - Sem Comentários

20140224-174137.jpgEmbalada pela Banda Eternos Carnavais, a Jardineira, patrocinada pelo Governo do Maranhão, por meio da Secretaria de Estado de Cultura (Secma), esteve em mais quatro cidades da Região Tocantina animando os foliões durante as prévias do “Carnaval do Maranhão – É Só Alegria no Coração”.

As apresentações ocorreram nos municípios de Senador La Rocque, Buritirana, Itinga do Maranhão e Vila Nova dos Martírios. O roteiro de apresentações contou com o apoio das prefeituras municipais e já tem confirmado mais quatro apresentações em cidades da região: Sítio Novo do Maranhão, nesta terça-feira (25); São João do Paraíso, na quarta-feira (26); Porto Franco, na quinta-feira (27) e Estreito na sexta-feira, encerrando a itinerância pré-carnavalesca.

Nas prévias deste final de semana, por onde passou, a Jardineira fez muito sucesso, empolgando os brincantes que estão na contagem regressiva para o Carnaval 2014. “A cada ano aumenta o número de pessoas que participam dos eventos com a presença da Jardineira nas cidades da região. Isso demonstra que objetivo do projeto, que é o do resgate dos tradicionais carnavais com as marchinhas, vem sendo alcançado”, disse Marcelo Moreno, coordenador das prévias carnavalescas na região.

Senador La Rocque
Na quinta-feira (20) a noite, segundo dia de apresentações na Região Tocantina, a Jardineira e a Banda Eternos Carnavais esteve em Senador La Rocque, onde pelo terceiro ano consecutivo, a presença do público superou as expectativas.
O cortejo percorreu um trecho da Avenida Mota e Silva e chegou a Praça do Mercado, sendo acompanhando por centenas de brincantes. No local o evento reuniu mais foliões, que se divertiram ao som das tradicionais músicas do carnaval.

Buritirana
Em Buritirana, a festança ocorreu na sexta-feira (21) a noite. Houve concentração dos blocos e de outros foliões na entrada da cidade, de onde o cortejo puxado pela Jardineira seguiu até a Praça da Juventude. Centenas de pessoas prestigiaram o evento e animação não faltou. O público aproveitou para se divertir durante a terceira prévia do Carnaval do Maranhão, animada pela Banda Eternos Carnavais.
Este foi o segundo ano que o município recebeu apresentação da Jardineira. Para o prefeito da cidade, Vagtônio Brandão, uma iniciativa positiva. “Este é um evento que atrai os brincantes de todas as idades e relembra os carnavais tradicionais. Queremos agradecer ao Governo do Estado por esta iniciativa”.

Itinga do Maranhão
Em Itinga do Maranhão, o agito foi no final da tarde de sábado (22) e reuniu os blocos da Terceira Idade e outros participantes, que saíram em cortejo pelas ruas do centro da cidade e chegada na Praça da Matriz. Foi a quarta apresentação das prévias de carnaval patrocinadas pelo Governo do Estado na Região Tocantina, e mais uma vez o público compareceu.
Para a prefeita Vete Botelho, que esteve presente durante todo o evento, “a itinerância com a Jardineira permite que os foliões de todo o estado conheçam a riqueza dos ritmos do carnaval maranhense”.

Vila Nova dos Martírios
No domingo (23) a noite, em Vila Nova dos Martírios, foi encerrada a primeira etapa das apresentações neste pré-Carnaval na Região Tocantina. A folia teve inicio às 20h e ao som da Banda Eternos Carnavais os foliões brincaram e dançaram no ritmo das marchinhas de carnaval.
Entre os presentes, a prefeita Karla Batista destacou o trabalho de valorização da cultura maranhense durante as prévias de carnaval. “Esta é a primeira vez que recebemos a Jardineira no município e o evento alcançou um sucesso acima das nossas expectativas. A valorização da cultura maranhense e as mescla de ritmos foi um atrativo a parte. Agradecemos ao governo estadual por nos incluir no roteiro de apresentações”, finalizou.

A antidemocracia!!! Governo venezuelano bloqueia redes sociais

Postado por Caio Hostilio em 25/fev/2014 - 1 Comentário

20140224-171517.jpgO governo venezuelano fechou ainda mais o cerco contra os meios de comunicação independentes. Agora as redes sociais, principais veículos de divulgação e comunicação dos participantes das manifestações, irão ter seus acessos vetados.

De acordo com informações do jornal Folha de S. Paulo, por meio do provedor CANTV, o governo recorreu à estratégia de bloquear temporariamente as páginas do Facebook, Twitter e aplicativos de mensagem.

O alvo mais recente do governo de Nicolás Maduro é o Zello, aplicativo muito popular no país e utilizado por manifestantes, que funciona como uma espécie de “walkie talkie”. O diretor geral do app, Bill Moore, disse à agência Associated Press, que a companhia trabalha no desenvolvimento de atualizações que permitam furar o bloqueio.

Nós temos partidos políticos?

Postado por Caio Hostilio em 25/fev/2014 - Sem Comentários

fora os partidosOs partidos políticos brasileiros perderam suas identidades, cuja criação de novos partidos políticos, a globalização e, principalmente, o neoliberalismo foram fatos que transformaram os partidos políticos tradicionais a perder seus focos e suas determinações junto à coletividade do que realmente tinha a propor ideologicamente.

Atualmente vemos apenas um emaranhado de legendas, sendo que as maiores lutam entre si pelo poder, enquanto que as legendas menores buscam se tornar tentáculos dessas grandes legendas e, assim, puder usufruir das benesses governamentais.

É certo afirmar que as desigualdades sociais também ajudaram para a deformação política partidária.

Esse processo como um todo trouxe problemas para que muitos soubessem assimilar as mudanças de comportamento político partidária, aqui no Brasil e em diversos países. Tantos os partidos políticos, os movimentos sociais, sindicatos não viram a neutralização da importância de eventuais diferenças étnicas ou culturais, criando-se assim o substrato sociopsicológico apropriado à afirmação da aparelhagem burocrática do Estado sobre as coletividades “nacionais” envolvidas.

Isso trouxe um desalento à coletividade, haja vista que a confiança se perdeu e os políticos não souberam enxergar a tempo esse descompasso sócio-político no Brasil… Agora, como resgatar essa confiança?

Isso é outra história…

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