Hei Eliziane Gama, depois de toda patacoada agora vira a patinha feia???

Publicado em   02/maio/2014
por  Caio Hostilio

Quem afirma isso é o jornalista adorado pelos tucanos e dinistas Josias de Souza…

“PPS vira ‘patinho feio’ da coligação de Campos”

Eduardo Campos discursa na 'oficina' em que Raul Jungmann, do PPS, foi excluído da mesa

Eduardo Campos discursa na ‘oficina’ em que Raul Jungmann, do PPS, foi excluído da mesa

Parceiro de primeira hora da dupla Eduardo Campos—Marina Silva, o PPS está incomodado com o papel que lhe foi reservado na parceria com o PSB e a Rede. Presidido pelo deputado Roberto Freire, o partido avalia que vem recebendo um tratamento de aliado de segunda classe. A atmosfera de mal-estar virou tema de uma reunião da Executiva Nacional da legenda.

O PPS se queixa da falta de apoio aos seus candidatos a governos estaduais. Reclama da ausência de definição quanto aos acordos para a composição das bancadas no Congresso. Considera-se, de resto, excluído da coordenação da campanha e escanteado nos encontros organizados com o propósito de debater o programa de governo do candidato.

No papel, a coordenação do grupo que cuida do programa é tripartite. Pelo PSB, fala o ex-deputado federal pernambucano Maurício Rands. Pela Rede, Neca Setúbal. E pelo PPS, o vereador de Recife Raul Jungmann. Um episódio ocorrido nesta quarta-feira (30) dá ideia do tamanho do enrosco.

Eduardo Campos e Marina Silva estrelaram em São Paulo uma “oficina de trabalho” para discutir política econômica. Compareceram cerca de 80 professores e operadores do mercado. A lista incluiu nomões como André Lara Resende, Eduardo Giannetti, Bernardo Appy, Marcos Lisboa e Sérgio Werlang.

Na fase de preparação, o PPS se mobilizou. Raul Jungmann indicou os PHDs da legenda. Providenciaram-se os bilhetes aéreos. Um dos membros da delegação contou ao blog que a informação sobre o local onde ocorreria o encontro só chegou no final da tarde da véspera. Houve certa estranheza.

Já em São Paulo, a turma do PPS se deu conta de que desempenharia na “oficina” um papel, por assim dizer, decorativo. Veiculada na internet, a programação mencionava como “organizadores” do evento apenas Maurício Rands (PSB) e Noca Setúbal (Rede). Excluído do programa e da mesa, Raul Jungmann abespinhou-se.

De acordo com uma testemunha da cena, Jungmann enviou um e-mail para Rands. Embora já estivesse na capital paulista, anotou no texto que não iria ao encontro. Alegou ter sido informado sobre o local muito em cima da hora. Escreveu que não faria falta, já que não participaria da coordenação. Informou que os técnicos do partido dariam as caras. Desejou sucesso. E voou para Recife.

Ironicamente, Jungmann deslocara-se para São Paulo depois de participar, em Brasília, na terça-feira, da reunião da Executiva Nacional em que o PPS discutira a sua condição de ‘patinho feio’ da aliança. A certa altura, o deputado paulista Arnaldo Jardim, junto com Roberto Freire um dos maiores entusiastas do apoio a Eduardo Campos, chegou a indagar qual seria, afinal, o papel do PPS na campanha.

Em meio às queixas, o PPS deliberou que não vai mais aguardar pela posição a ser adotada por seus parceiros em São Paulo. A Executiva decidiu que, com ou sem o PSB e a Rede, confirmará sua aliança com a recandidatura do governador tucano Geraldo Alckmin. Há duas semanas, em conversa com Campos, Freire o aconselhara a associar-se a Alckmin. Porém, Marina e sua Rede discordam.

O PPS se ressente também da falta de apoio dos aliados aos seus candidatos a governos estaduais. São três: no Distrito Federal, a deputada distrital Eliana Pedrosa. No Amazonas, o vice-prefeito de Manaus Hissa Abrahão. E, no Maranhão, a deputada estadual Eliziane Gama. Essa última, já rendida às evidências, deve desistir da candidatura em favor do ex-deputado Flávio Dino, do PCdoB, com quem Eduardo Campos flerta.

Disseminam-se no PPS também as queixas em relação à flacidez dos acordos para a composição dos blocos de candidaturas ao Congresso. As queixas são mais intensas em Santa Catarina, no Paraná e em Pernambuco, Estado de Campos. Líder do PPS na Câmara, o deputado Rubens Bueno protagonizou um episódio emblemático.

Na semana passada, o presidenciável do PSB esteve na cidade paranaense de Cascavel, base eleitoral de Bueno. Que não foi convidado a acompanhá-lo. Pior: não foi sequer avisado de que o candidato passaria por seu reduto. Uma evidência de que, além de fazer figuração nos encontros programáticos, o PPS tornou-se um zero à esquerda até na elaboração da agenda da campanha.

A despeito da insatisfação, não se formou no PPS, por ora, um ambiente de rompimento. Na reunião da Executiva, Roberto Freire manuseou panos quentes. Ainda prevalece no partido o entendimento de que o apoio a Campos é vital para produzir um segundo turno na sucessão de 2014. Mas parece evidente que, mantido o cenário atual, os partidários de Campos podem ter problemas para converter na convenção de junho o “indicativo de apoio” numa aliança formal.

A hipótese de meia-volta seria desastrosa para Eduardo Campos. Perdendo o PPS, restariam ao candidato o seu PSB; uma Rede com grife, mas sem propaganda na tevê; e um insignificante PPL. Para complicar, o presidenciável tucano Aécio Neves está na espreita.

  Publicado em: Governo

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