Estranho!!! Defesa omite nomes de Moraes e Dino em voo da FAB… Viajaram clandestinamente por sigilo?

Publicado em   18/mar/2025
por  Caio Hostilio

Ministério da Defesa solicitou voo da FAB para Alexandre de Moraes e Flávio Dino, mas omitiu nomes dos magistrados na lista de passageiros

Alvos prioritários do bolsonarismo, os ministros do STF Alexandre de Moraes  e Flávio Dino viajaram em um voo da FAB dias antes do ato pró-anistia liderado por Jair Bolsonaro no Rio de Janeiro.

A viagem foi requisitada pelo Ministério da Defesa e teve de ser compartilhada com o titular da Fazenda, Fernando Haddad, que viajou no mesmo voo com seus assessores e os magistrados do Supremo.

Em seu site oficial, a FAB divulgou uma lista com nomes de 12 passageiros do voo, incluindo Haddad e outros integrantes do Ministério da Fazenda. Os nomes de Moraes e de Dino, contudo, foram omitidos.

com ao menos três passageiros, porém, que Dino e Moraes estavam no voo. O próprio ministro Fernando Haddad também confirmou à coluna que viajou com os magistrados.

Por meio de sua assessoria, Haddad afirmou que Dino e Moraes viajaram no voo na cota do Ministério da Defesa e ressaltou que caberia à pasta informar os nomes dos magistrados na lista.

“O voo da Força Aérea Brasileira (FAB) do dia 13/03/2025 foi compartilhado com o ministro do STF Alexandre de Moraes e foi solicitado pelo ministro da Defesa (José Múcio). Portanto, é responsabilidade da autoridade solicitante fornecer a lista de passageiros ao Comando da Aeronáutica, garantindo a transparência e a conformidade com as normas estabelecidas. Do lado da Fazenda, a lista daqueles que viajaram foi a mesma lista enviada para a FAB”, declarou a assessoria de Haddad à coluna.

A assessoria ponderou, contudo, que o Tribunal de Contas da União (TCU) determinou que informações sobre voos realizados por altas autoridades, incluindo ministros do STF, podem ser mantidas em sigilo por segurança.

A Aeronáutica, por sua vez, reforçou que é responsável apenas pela execução do voo e que a lista de passageiros é de responsabilidade da autoridade que requisitou o voo — nesse caso, o Ministério da Defesa.

Quem viaja de FAB, vale lembrar, costuma embarcar por uma área reservada da Base Aérea de Brasília. O desembarque em Congonhas também é feito por meio de um espaço exclusivo para autoridades.

A assessoria de Dino informou que o ministro foi a São Paulo para agendas públicas e seguiu na cidade até a segunda-feira (17/3), quando participou de um debate sobre ética e inteligência artificial na Fiesp.

A coluna também procurou a assessoria do STF para ouvir Moraes, mas não obteve resposta. O ministro, vale lembrar, tem residência fixa em São Paulo e costuma passar os fins de semana na capital paulista.

Ministros do STF não podem requisitar voo da FAB

Pela legislação atual, com exceção do presidente do Supremo, os demais ministros da Corte não podem requisitar avião da FAB por conta própria. Por isso, precisam recorrer ao Ministério da Defesa.

Por Metrópoles

  Publicado em: Política

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