A ONG Transparência Internacional – Brasil criticou a decisão do governo brasileiro de conceder asilo diplomático à ex-primeira-dama peruana Nadine Heredia, condenada junto a seu marido, o ex-presidente Ollanta Humala, por receberem aportes da empreiteira Odebrecht e do ditador venezuelano Hugo Chávez.
Segundo a TI, o Brasil “agora exporta impunidade” no momento em que concede o instituto humanitário para Nadine.
“Depois de exportar corrupção para a América Latina e África, o Brasil agora exporta impunidade.
É lamentável que a diplomacia brasileira, respeitada mundialmente, corrompa o instituto humanitário do asilo”, escreveu no X.
A ex-primeira-dama e seu filho entraram na embaixada do Brasil em Lima, no Peru, na terça, 15. Ambos obtiveram a concessão através da Convenção de Asilo Diplomático, assinado em Caracas, em 1954
O asilo político, contudo, deveria ser reservado a casos de crimes políticos
Odebrecht e Chávez
Nadine e o ex-presidente Ollanta Humala foram condenados por receberem aportes da empreiteira Odebrecht e do ditador venezuelano Hugo Chávez nas campanhas de 2011 e 2006, respectivamente.
A investigação foi conduzida pela Operação Lava Jato peruana.
Na época dessas duas eleições, Lula e Dilma Rousseff governavam o Brasil.
Em 2019, o petista foi condenado por receber propina da Odebrecht no caso do sítio de Atibaia.
De acordo com a denúncia da Lava Jato brasileira, a empreiteira e a OAS teriam realizado reformas na casa em troca de favorecimentos em contratos com a Petrobras.
O petista não recebeu dinheiro de Hugo Chávez, mas sempre o apoiou em suas eleições manipuladas, mesmo quando a instalação de uma ditadura já era inquestionável.
Por antagonista
Publicado em: Política