Investigado por descontos indevidos sobre aposentadorias do INSS, Sindnapi tem dirigente do PDT e briga política com Paulinho da Força
Alvo da Polícia Federal por suspeita de integrar um esquema bilionário de descontos indevidos sobre aposentdorias do INSS, o Sindicato Nacional dos Aposentados, Pensionistas e Idosos da Força Sindical (Sindnapi), que tem Frei Chico, irmão de Lula, como vice-presidente, teve um salto de faturamento de R$ 100 milhões em três anos, segundo auditoria do Tribunal de Contas da União TCU.
O Sindnapi mantinha um número estável na casa dos 170 mil filiados e depois número saltou para 420 mil filiados. Passando de R$ 41 milhões para R$ 149 milhões, segundo o TCU.
Apesar de levar o nome da central sindical que tem líderes do Solidariedade, o Sindnapi é comandado, desde 2021, por Milton Cavalo, que é filiado ao PDT e correligionário do ministro da Previdência Social, Carlos Lupi. Ele foi fundado pelo deputado Paulinho da Força (Solidariedade) e por aliados, aos moldes de sindicatos de aposentados italianos. Paulinho foi presidente de honra, mas não ocupou cargo de dirigente.
O líder do Solidariedade tinha preferência por um aliado nas últimas eleições do Sindnapi, mas foi preterido e se sentiu excluído das eleições que levaram Cavalo ao cargo. Frei Chico, que estava no sindicato desde 2008, foi alçado a vice em 2023. Paulinho tentou, na Justiça, anular o mandato de Cavalo, o que foi recusado.
Nessa quinta-feira (24/4), um dia após a operação da PF contra 11 entidades suspeitas de aplicarem descontos indevidos sobre aposentadorias, Paulinho foi às redes sociais e criticou o escândalo, que foi revelado pelo Metrópoles no ano passado. O deputado disse que a farra dos descontos aconteceu “debaixo do nariz” de Lula e que foi o “maior roubo ao trabalhador da história do país”.
Frei Chico está no Sindnapi desde 2008. Ele assumiu a vice-presidência em 2023, último ano em que o sindicato teve um salto maior de filiados e de faturamento.
Publicado em: Política
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