O levantamento, conduzido pela empresa de pesquisas YouGov a pedido do Ashley Madison, entrevistou mais de 13 mil adultos em 11 países. No Brasil e na Índia, 53% dos entrevistados afirmaram já ter traído seus parceiros — índice superior ao de países como Suíça (51%), Canadá (36%), Alemanha (35%), Estados Unidos (26%) e Reino Unido (25%).

Quem trai está mais perto do que você imagina

Outro levantamento, desta vez com 2.743 usuários ativos da plataforma Ashley Madison, traçou o perfil típico do infiel. E os resultados desafiam estereótipos.

A aparência mais comum entre os membros inclui cabelo castanho (41%), seguido por grisalho ou prateado (32%). Já os olhos castanhos aparecem em 46% dos perfis, seguidos pelos azuis (34%) e, por último, os verdes (20%).

A variedade de profissões também chama atenção: entre os homens, engenheiros, eletricistas, encanadores e gerentes de vendas dominam a lista. Entre as mulheres, as áreas mais frequentes são tecnologia da informação, hospitalidade, saúde (como enfermeiras) e educação — além de mães em tempo integral.

Infidelidade e insatisfação conjugal caminham juntas

A pesquisa também revelou que a maioria dos usuários da plataforma se considera mais satisfeita com o trabalho do que com o próprio relacionamento: 56% relataram maior felicidade na carreira profissional. Apenas um terço (33%) disse estar feliz com o relacionamento atual.

Entre as mulheres, 25% classificam seus relacionamentos como “insatisfatórios, mas toleráveis”, enquanto entre os homens esse número sobe para 49%.

Os casos também tendem a durar: 35% dos entrevistados relataram que seu envolvimento extraconjugal ultrapassou um ano — sendo que 56% dos casos de longa duração foram iniciados por mulheres.

Signo, personalidade e traição

A pesquisa também explorou aspectos mais subjetivos. Gêmeos, Escorpião e Virgem são os signos mais frequentes entre os homens infiéis, enquanto Gêmeos, Áries, Leão e Aquário lideram entre as mulheres.

Apesar da fama de extrovertidos, os usuários do Ashley Madison estão divididos quase igualmente entre introvertidos e extrovertidos — com uma leve maioria (4% a mais) se identificando como sociável.

Infidelidade mais comum do que se imagina

Os dados sugerem que trair é uma prática mais comum e diversificada do que o senso comum costuma admitir — tanto em perfil quanto em motivação. A pesquisa escancara que, para milhões de pessoas, a insatisfação conjugal tem levado à busca por conexões fora do casamento — e que isso acontece em qualquer classe social, profissão ou estilo de vida.