Em 30 de dezembro de 2022, o general Marco Antônio Freire Gomes enviou a Mauro Cid uma mensagem dizendo que, apesar de estar com o “coração triste”, sua consciência dizia que “o PR fez o correto”, referindo-se a Jair Bolsonaro.
Cid respondeu que o presidente havia tido um “assessoramento justo, leal e fiel” do general.
A mensagem foi enviada no último dia de Freire Gomes como comandante do Exército Brasileiro.
Tempos depois, o general ficaria conhecido por ter rejeitado discutir com Bolsonaro um decreto de estado de defesa, que tinha a intenção de impedir a posse do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva.
A rejeição de Freire Gomes, em uma reunião em 14 de dezembro, foi considerada por partidários do ex-presidente como fundamental para que a medida não tivesse prosperado.
Em um dos diálogos de dezembro de 2022 captados pela Polícia Federal, por exemplo, o general Walter Braga Netto, então ministro da Casa Civil, afirmou que a “culpa pelo que está acontecendo e acontecerá é do general Freire Gomes”.
“Omissão e indecisão não cabem a um combatente”, disse ele.
Mensagens em grupos de apoiadores do presidente também circulavam na época criticando o general. Em seu depoimento à PF, o general afirmou que sofreu pressão de militares para aderir à ruptura institucional.
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