Projeto que prevê emissão gratuita do documento em SP ameaça fonte de receita de entidades historicamente ligadas à esquerda, como a UNE

A bancada do PT na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) tem se mobilizado para barrar um projeto de lei que cria uma carteira estudantil gratuita no estado.
Na prática, a medida ameaça diretamente a principal fonte de receita de entidades ligadas historicamente à esquerda, como a União Nacional dos Estudantes (UNE), que há décadas emitem o documento e cobram uma taxa — hoje, R$ 45.
Manobras do PT
O PT tem usado manobras regimentais para impedir a votação do projeto. Em abril, por exemplo, ameaçou travar a análise de outros 25 textos para evitar que a CIESP fosse incluída na pauta.
Parlamentares que defendem o projeto acusam o PT de querer preservar o monopólio das entidades ligadas à esquerda sobre a emissão das carteiras e alegam que a gratuidade democratizaria o acesso ao benefício da meia-entrada em eventos culturais.
A esquerda já correu e barrou.
Motivo? A UNE, aparelhada por eles, perde o monopólio e o lucro de +/- R$ 200 milhões”, escreveu Tenente Coimbra em publicação no X.
O que dizem os petistas?
Professora Bebel (PT), deputada e dirigente do Sindicato dos Professores (Apeoesp), classificou o projeto como inconstitucional.
O líder da bancada do PT na Alesp, Antonio Donato, afirmou que seu partid percebeu a gravidade do texto após análise mais detalhada.
Boquinha da UNE
Em nota, a UNE classificou o projeto como um “ataque direto ao movimento estudantil organizado” e acusou os defensores da proposta de desvirtuarem o debate sobre educação.
A emissão de carteirinhas estudantis já representou 80% do orçamento da UNE. Atualmente, a atividade ainda sustenta boa parte das finanças da entidade, mas permanece cercada de opacidade.
Por o antagonista
Publicado em: Política