“E a minha ministra, que está ali, bem magrinha, dá uma olhada pra Marina. De trabalhar. De trabalhar. Ela saiu do Acre, na Amazônia, pra ver se ficava mais robusta lá em Brasília. Mas dão tanto trabalho pra ela que ela não consegue engordar. Isso é de trabalhar, é de viajar, é de defender, é de tentar cuidar de um país que foi descuidado durante muito tempo”, afirmou Lula, com Marina acompanhando a fala da plateia.
O presidente também reafirmou a confiança na ministra, a quem descreveu como leal e comprometida. “A companheira Marina Silva é da mais extraordinária lealdade ao governo. É uma companheira que tenho 100% de confiança, que tenho certeza que tem 100% de confiança em mim. Tudo que ela faz, ela se propõe a discutir comigo”, declarou Lula, repetindo o que já havia dito dois dias antes, durante evento no Palácio do Planalto.
Na semana anterior, Marina Silva foi alvo de ataques na Comissão de Infraestrutura do Senado. O senador Plínio Valério (PSDB-AM) chegou a dizer que pretendia separar a mulher da ministra, alegando que apenas a primeira merecia respeito. Marina deixou a sessão após o comentário, que foi amplamente criticado por colegas e entidades civis.
A ministra participa da comitiva brasileira que acompanha Lula em compromissos oficiais na França. Além dela, outros sete ministros integram o grupo que participa de reuniões bilaterais com autoridades francesas.
Durante a coletiva, Lula também comentou temas como a guerra entre Israel e o Hamas — que classificou como genocídio do povo palestino —, a cooperação ambiental e o acordo comercial entre União Europeia e Mercosul.
A saúde de Marina Silva, conhecida por sua trajetória de militância ambiental, já foi tema de biografias e entrevistas. Em livro publicado em 2010 pela jornalista Marília de Camargo César, Marina relatou ter sido vítima de malária cinco vezes, além de ter contraído hepatite e leishmaniose. “(Se falar de doença) dificilmente vai errar, porque já tive quase todas”, disse na obra Marina: A Vida por uma Causa.