Corrupção em todos os níveis… Em primeiro ano de gestão Dilma, 564 servidores caem por corrupção

Publicado em   06/jan/2012
por  Caio Hostilio

Alvos de denúncias de corrupção, abandono de cargo e outras irregularidades, 564 servidores federais foram expulsos da administração pública no ano passado. Na média, pelo menos um servidor por dia foi demitido, afastado de cargo em comissão ou teve cassado o direito à aposentadoria.

A principal razão para afastar os servidores foi uso do cargo para a obtenção de alguma vantagem pessoal. Conforme dados reunidos pela Controladoria-Geral da União (CGU), 308 servidores foram expulsos por essa razão. Outros 200 foram afastados pela prática de improbidade administrativa. E 40 servidores foram flagrados pedindo propina e acabaram expulsos da administração pública.

Em termos absolutos, o Ministério da Previdência Social concentrou a maior quantidade de casos de irregularidades – 138 servidores foram expulsos durante o ano passado. Em seguida nesse ranking está o Ministério da Justiça – 133 servidores afastados. O Rio de Janeiro foi o Estado com a maior quantidade de servidores demitidos ou afastados de cargos em comissão: 120.

Nos últimos oito anos, 3.013 servidores federais foram demitidos, outros 304 foram afastados dos cargos de confiança que ocupavam e 216 pessoas tiveram a aposentadoria cassada. No total, de 2003 a 2011, 3.533 servidores foram expulsos da administração.

Desse total, mais da metade dos servidores foram punidos por prática de corrupção. Pelos dados da CGU, 1.887 servidores foram punidos porque estavam se valendo do cargo para obter vantagens indevidas. Por improbidade administrativa, 1.133 servidores foram afastados. E 325 servidores foram expulsos por terem recebido propina.

Além desses motivos, quase 800 servidores foram demitidos simplesmente por não trabalhar: 511 foram expulsos por abandono do cargo e 288 foram punidos por desídia. E na maior parte de todos os casos processados durante os últimos oito anos, os servidores cometiam mais de uma irregularidade passível de expulsão dos quadros públicos.

Todos esses servidores responderam a processos administrativos disciplinares e tiveram chance de se defender e de contestar as acusações. Com base nos dados divulgados pela CGU não é possível saber se há servidores demitidos por envolvimento em grandes esquemas de corrupção descobertos pela Polícia Federal. Também não é possível por meio desses dados saber quanto tempo levou a administração pública a demitir esses servidores.

O secretário-executivo da CGU, Luiz Navarro, afirma que a aplicação dessas penalidades administrativas é a opção mais rápida e eficaz para evitar a impunidade. ‘A intensificação das expulsões decorre da determinação do governo de combater a corrupção e a impunidade. Assim, a administração deixa de ficar apenas à espera da punição pela via judicial, que é demorada, e passa, ela própria, a administração, a aplicar as punições de sua alçada’, diz Navarro.

  Publicado em: Governo

2 comentários para Corrupção em todos os níveis… Em primeiro ano de gestão Dilma, 564 servidores caem por corrupção

  1. Antonio Lima disse:

    Professor, é triste saber que todos esses “…servidores federais foram expulsos da administração pública” logo tornaram aos quadros e ainda vão receber por todos os erros e desmandos dos que no afã de passar para opinião pública seu compromisso com a moralidade, cometem todo tipo de arbitrariedade contra aqueles que só cumprem ordens.
    Veja que até agora não se tem conhecimento do andamento das investigações contra todos aqueles ministro que foram “exonerados” por estarem de alguma forma contribuindo com a corrupção, e muito menos a recuperação do que dizem que fora drenado para o ralo onde o larápios se servem.
    Tenho a nítida impressão de que todas essas medidas não são para moralizar, mais sim para fazer os incautos acreditarem que alguma coisa estar sendo feita para combater a corrupção que grasna e reina em todos os níveis e em todos os setores da vida politica dessa Nação.
    Só para refrescar a memória eu relembro o caso Collor, Jader Barbalho com suas rãs e aqui entre nós aquele caso do delegado, que o Estado foi condenado a pagar uma fortuna por todos anos que ele ficou afastado das suas funções, por ter sido “exonerado” de maneira “arbitrária”.

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