Presidente Sarney celebra Quintino Bocaiuva e sua luta pela República‏

Publicado em   21/ago/2012
por  Caio Hostilio

Tolerância para com todas as crenças. Respeito para com todas as opiniões. Cortesia para com todos os indivíduos.” Os princípios de Quintino Bocaiúva expressos por ele em editorial do jornal “A República”, ainda nos primórdios da campanha que derrubaria a monarquia, foram citados nesta tarde, da tribuna, pelo presidente José Sarney. Em discurso de homenagem aos cem anos da morte do político, escritor, jornalista e instituidor da República, Sarney lembrou a presença do ex-senador e ex-presidente da Casa, assim como as causas defendidas por ele: “A herança de Quintino Bocaiúva é de um homem que luta e se entrega profundamente a suas convicções. Ninguém mais do que ele foi responsável pela República”, destacou.

Em um longo pronunciamento, o presidente Sarney teceu a trajetória do político no contexto histórico brasileiro e seus dois destinos: a imprensa e a República. Pontuou os marcos de tal trajetória como a fundação, por Bocaiúva, do primeiro Clube Republicano; a redação do Manifesto Republicano, publicado pelo jornal A República que defende a nova causa; a sua eleição como chefe do Partido Republicano em maio de 1889 e, a partir de então, a sua carreira no Senado até 1911, período no qual foi eleito e reeleito presidente da Casa. No episódio da proclamação da República, o marechal Deodoro da Fonseca que aceitara encabeçar o movimento, comanda as tropas republicanas que se dirigem para o confronto com as governistas. A ele junta-se, a cavalo, um único civil, Quintino Bocaiúva, relata Sarney.

Ao lado da campanha republicana, Bocaiúva destaca-se também entre os defensores do abolicionismo e no combate pela liberdade de imprensa, apontou Sarney em seu discurso. “Quintino Bocaiúva chega ao fim da vida pobre. É Pinheiro Machado que promove uma subscrição pública para dar uma casa a sua família de 12 filhos. Morre em 11 de julho de 1912, fazem cem anos”, arrematou. O senador Cristovam Buarque (PDT-DF) e o presidente da Mesa, senador Tomás Guilherme Correia (PMDB / RO), parabenizaram Sarney pelo pronunciamento e a oportunidade do relato histórico. Cristovam se referiu à sua satisfação de assistir hoje às duas falas de Sarney (além de Bocaiúva, os 200 anos da Constituição de Cádis ) que ele classificou de verdadeiras “aulas”.
Íntegra do discurso

  Publicado em: Governo

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