Lula volta a ser vaiado em evento com prefeitos em Brasília

Publicado em   20/maio/2025
por  Caio Hostilio

O presidente Lula (PT) voltou a ser vaiado ao participar da Marcha dos Prefeitos nesta manhã, em Brasília

O que aconteceu
Lula foi vaiado em pelos menos três momentos. Primeiro, ao ser anunciado para entrar no palco. Também teve aplausos, mas as vaias foram preponderantes. Alguns ministros presentes fizeram menção de reprimir as manifestações, mas o presidente ignorou.

As vaias se repetiram ao ser chamado para falar. Lula esperou por um momento e não citou os gritos. As manifestações negativas voltaram ao final do discurso, enquanto agradecia, com breves protestos durante a fala. Ele já havia sido vaiado no ano passado.

A marcha é o principal evento com prefeitos na capital federal. Neste ano, segundo a CNM (Confederação Nacional dos Municípios), foram mais de 14 mil inscritos —quase o triplo das 5.570 cidades do país.

O presidente tampouco teve uma recepção agradável do presidente da CNM, Paulo Ziulkoski. “Abra o olho. Vamos votar pautas estruturantes”, disse o ex-prefeito de Mariana Pimentel (RS), ao reclamar da decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) sobre a transparência para a designação de emendas. Para ele, é impeditivo que um deputado “tenha de explicar” o projeto.

Lula não deixou passar. Sem citar especificamente a atuação do ex-prefeito no governo Jair Bolsonaro (PL), disse que o presidente da CNM “voltou a ser velho Paulo Ziulkoski com um discurso mais inflamado, com um discurso mais contundente, como sempre deveria ser um representante do prefeito em todas marchas”.

Em sua fala, fez ainda um aceno ao ministro Rui Costa, da Casa Civil. “[O papel dele] é fazer com que as coisas funcionem corretamente e que todos os secretários se dirijam a ele para que as coisas possam andar”, elogiou o presidente, na presença do ministro, a quem chamou do “mais bem-sucedido governador da Bahia”.

A fala se dá logo na semana seguinte à crise gerada após a fala da primeira-dama Janja da Silva na China. O ministro foi apontado pela colunista Mônica Bergamo, da Folha de S.Paulo como responsável pelo vazamento, o que teria irritado o presidente. Rui não comentou o caso oficialmente, mas considerou a especulação um ato de “traição” e de “fogo amigo”.

Lula participa do evento anual desde que assumiu, em 2023. Neste ano, subiu ao palco junto ao vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e aos presidentes Davi Alcolumbre (União-AP), do Senado, e Hugo Motta (Republicanos-PB), da Câmara.

Por Uol

  Publicado em: Política

Estão na Constituição!!! Bolsonaro apresentou estudos sobre GLO e estado de sítio, diz Freire Gomes… A narrativa existente é só para prender Bolsonaro!!!

Publicado em   20/maio/2025
por  Caio Hostilio

Bolsonaro apresentou estudos sobre GLO e estado de sítio, diz Freire Gomes

Em audiência no Supremo Tribunal Federal (STF) nesta segunda-feira (19), o general e ex-comandante do Exército, Marco Antônio Freire Gomes, afirmou que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) apresentou em uma reunião “estudos” aos comandantes das Três Forças que diziam respeito à instalação de um estado de sítio e Garantia de Lei e da Ordem (GLO).

O militar também confirmou que o ex-chefe do Executivo teria “enxugado” o documento de uma suposta minuta de golpe de Estado. “Talvez ele tenha nos apresentado por questão de consideração por alguns trechos do documento dizer respeito a estado de defesa, GLO.

Estava nos dando conhecimento de que iria começar esses estudos”, disse ele ao ser questionado se o ex-presidente estava buscando razões jurídicas para avançar com o decreto. “Ele apresentou esses considerados. Todos eles embasados em aspectos jurídicos, baseados na Constituição, por isso não nos causou nenhum espanto”, completou Freire Gomes durante depoimento.

O general adicionou, em resposta ao procurador-geral da República, Paulo Gonet, que o ex-chefe do Executivo não estava “necessariamente” procurando razões jurídicas para impor o decreto, e acredita que ele consultou as Forças Armadas porque trechos do documento diziam respeito ao estado de defesa e à GLO, essa última sendo uma medida que permite que as Forças Armadas atuem como forças policiais em momentos de desequilíbrio institucional.

“Minuta de golpe” Ainda durante a audiência, o general foi questionado pelo ministro e relator do caso, Alexandre de Moraes, e por advogados dos indiciados pela PGR. O magistrado do STF questionou se Felipe Martins, ex-assessor especial de assuntos internacionais de Bolsonaro leu a minuta na presença de Bolsonaro e o ex-comandante da Marinha Almir Garnier, ao que Freire Gomes respondeu que sim.

Ele e Carlos de Almeida Baptista Junior, ex-comandante da Aeronáutica, teriam se manifestado contrários, atesta o militar. Já Garnier, segundo ele, se manteve calado. Por fim, Freire Gomes confirmou que Bolsonaro revisou, realizando um “enxugamento” do documento. “Determinante para golpe não acontecer” De acordo com o relatório da Polícia Federal (PF) sobre o caso, Freire Gomes foi “determinante” para que uma tentativa de ruptura institucional não tivesse apoio das Forças Armadas.

Ainda segundo a PF, além de Freire Gomes, o comandante da Aeronáutica, Baptista Júnior, se manifestou contrário ao plano. Já o almirante Almir Garnier, então comandante da Marinha, teria aderido. Com a negativa dos dois, Bolsonaro teria, então, procurado o apoio do general Estevam Theóphilo, à frente do Comando de Operações Terrestres (COTER) do Exército.

Freire Gomes chegou ao comando do Exército em março de 2022, substituindo Paulo Sérgio Nogueira, que assumiu o Ministério da Defesa após Walter Braga Netto deixar a pasta para compor a chapa de Bolsonaro nas eleições daquele ano.

  Publicado em: Política

Gestor que fiscaliza!!! Gentil Neto e a fiscalização de sua própria gestão…

Publicado em   20/maio/2025
por  Caio Hostilio

Gentil Neto sabe de suas responsabilidade como prefeito, por isso é um gestor fiscal, pois sabe que deve prestar contas aos caxienses de suas ações governamentais. Sua atuação “in loco” mostra sua capacidade em gerir a coisa pública com excelência.

Suas características trazem à tona o despreendimento com as atuações de sua administração, haja vista que o grau de maturidade sua equipe e o seu perfil de líder são traduzidos no dia a dia de sua gestão.

Gentil Neto vem mostrando, ainda, sua habilidade em comunicação, com o empenho diário e a visão estratégica, além da perspicácia na tomada de decisão.

E é nesse contexto, que ele está presente no dia a dia de Caxias. “É com muita alegria que a gente vê nossa cidade ficando cada vez melhor! Esse asfalto novo é qualidade de vida na prática, para quem mora e trabalha aqui na Pampulha. Quero agradecer de coração a deputada federal Amanda Gentil e ao ministro André Fufuca, que deram aquela força pra gente fazer acontecer”, destacou Gentil Neto.

Por outro lado, fiscalizando, Gentil Neto não se esconde em seu gabinete, buscando verificar “in loco” o andamento de sua gestão. “Estive no Complexo Hospitalar Gentil Filho, conversando com a população e com a equipe de saúde. Nosso compromisso é melhorar cada vez mais o atendimento e garantir um serviço público mais eficiente e humano para todos. Prefeito eu gosto muito do seu trabalho, mas alguns profissionais deixam a desejar no atendimento. Minha irmã foi passando mal, foi muito mal atendida pelo médico, e ainda deu o diagnóstico errado, se não fosse a gente desconfiar e ir atrás de outro profissional o quadro iria só se agravar. Fiquei muito triste”, com honestidade, firmou Gentil Neto.

  Publicado em: Política

Mais uma instituição desacreditada!!! Exército Brasileiro perdeu 1,7 milhão de seguidores nas redes sociais após a posse de Lula

Publicado em   19/maio/2025
por  Caio Hostilio

alistamento militar feminino aposentadorias militares

Os perfis oficiais do Exército Brasileiro nas principais redes sociais sofreram uma queda expressiva no número de seguidores desde a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em janeiro de 2025. Segundo levantamento da consultoria Bites divulgado nesta segunda-feira (19) pelo jornal O Globo, a perda total foi de aproximadamente 1,7 milhão de seguidores nas plataformas Instagram, X (antigo Twitter), Facebook e YouTube.

O Instagram, onde o Exército possui grande presença, foi a rede que apresentou a maior queda, com uma redução de 1,71 milhão de seguidores. Já o Facebook teve uma baixa de cerca de 110,6 mil seguidores, e o X perdeu 4,8 mil. O YouTube foi a única exceção, registrando um aumento de aproximadamente 60 mil seguidores no mesmo período.

Essa tendência contrasta com o desempenho das outras forças armadas, que conseguiram aumentar sua base de seguidores. A Marinha do Brasil registrou um crescimento de 14 mil seguidores, mesmo após denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o almirante Almir Garnier por suposta participação em uma trama golpista. A Força Aérea Brasileira também teve crescimento, ganhando 4 mil seguidores.

O Ministério da Defesa, órgão responsável pela supervisão das Forças Armadas, não escapou da tendência negativa e perdeu 185 mil seguidores desde janeiro.

Especialistas associam a queda na popularidade digital do Exército ao contexto político e judicial recente. O período coincide com o episódio do golpe frustrado para impedir a posse do presidente Lula, no qual cinco militares das Forças Especiais do Exército — entre ativos e da reserva — e um policial federal são réus na ação penal. Entre eles estão o general de brigada Mário Fernandes (reserva), os majores Rodrigo Bezerra Azevedo e Rafael Martins de Oliveira, o tenente-coronel Hélio Ferreira Lima e o policial federal Wladimir Matos Soares.

Essa situação tem impactado a imagem institucional do Exército, refletida no ambiente digital, onde seguidores deixaram de acompanhar os perfis oficiais em números expressivos.

  Publicado em: Política

O futebol brasileiro agradece!!! Ednaldo desistiu

Publicado em   19/maio/2025
por  Caio Hostilio

Ex-presidente apresentou petição ao STF desistindo de retornar ao posto máximo da Confederação Brasileira de Futebol (CBF)

Ednaldo desistiu

O presidente destituído da CBF (Confederação Brasileira de Futebol) desistiu oficialmente de tentar retornar ao cargo nesta segunda-feira, 19.

Ednaldo Rodrigues desistiu de voltar à Presidência da Confederação Brasileira de Futebol (CBF). Ele foi afastado do cargo em decisão do desembargador do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJRJ), Gabriel Zefiro, na quinta-feira (15/5), e recorreu imediatamente.

Porém, em documento protocolado no Supremo Tribunal Federal (STF) nesta segunda-feira (19/5), Ednaldo Rodrigues pediu que seja tornada sem efeito a petição de autoria dele.

  Publicado em: Política

Muita farra com o dinheiro do contribuinte!!! Governo esconde há um ano documentos de transparência sobre obras, repasses e emendas

Publicado em   19/maio/2025
por  Caio Hostilio

O governo de Lula impede há um ano o acesso público a documentos de transparência sobre obras públicas, repasses de dinheiro a Estados, municípios e organizações não governamentais (ONGs) e emendas parlamentares, ocultando a divulgação de informações exigidas pelo Tribunal de Contas da União (TCU) e peloSupremo Tribunal Federal (STF).

O Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI), responsável pela plataforma Transferegov, usada na gestão e na transparência dos recursos federais, afirma que muitos documentos contêm informações sensíveis, como dados pessoais de servidores públicos, e a Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD) impede a divulgação dessas informações.

Ao adotar a prática, o governo acabou impedindo o acesso à íntegra de 16 milhões de documentos que explicam o uso do dinheiro público no País inteiro, segundo informação do MGI, em vez de dar transparência às informações e ocultar apenas os dados sensíveis, como manda a prática adotada desde a implantação da Lei de Acesso à Informação, em 2011.

fazer um tratamento de todos os arquivos. O ministério prometeu dar uma solução tecnológica para os documentos de obras apresentados daqui para frente “em menos de 60 dias”, mas não se comprometeu com nenhum prazo sobre os 16 milhões de documentos de transferências já anexados.

A medida tem impacto sobre a transparência das emendas parlamentares. O TCU e o STF obrigaram a União a dar publicidade aos repasses e as prefeituras que recebem esses recursos a apresentarem planos de trabalho, falando o que farão com o dinheiro recebido, e relatórios prestando contas após o recurso ser gasto.

No caso das emendas PIX, por exemplo, nem todas as prefeituras cumpriram a decisão. As que cumpriram apresentaram documentos como licitações, contratos, comprovantes de pagamento e relatórios de obras na plataforma, mas os arquivos estão inacessíveis para o público. É possível saber que parlamentar indicou a emenda e para onde foi o dinheiro, mas não em que a verba foi gasta.

No ano passado, o governo Lula mandou R$ 11,7 milhões de uma emenda Pix indicada pelo deputado Paulinho da Força (Solidariedade-SP) para município de Cotia (SP). A prefeitura diz ter gastado R$ 9 milhões do recurso com infraestrutura urbana e apresentou documentos para comprovar o uso do dinheiro, como edital das obras, contratos com os fornecedores e comprovantes de pagamentos. Mas nenhum desses arquivos está disponível.

Em 2022, o governo Bolsonaro (PL) repassou R$ 31,8 milhões do orçamento secreto para construção de unidades habitacionais em Santana (AP), território eleitoral do senador Davi Alcolumbre (União-AP). A obra foi suspensa. Na plataforma, não é possível acessar a íntegra do projeto da obra, os contratos assinados e os documentos que justificam por que o trabalho foi paralisado e não resultou em entregas efetivas para a sociedade.

Por Estadão

  Publicado em: Política

Show a “30ª Festa das Mães” oferecida pelo casal Evangelista: Neto e Thay!!!

Publicado em   19/maio/2025
por  Caio Hostilio

Uma noite de muita emoção e de alegria!!! Assim foi a “30ª Festa das Mães”. É importante levar alegria ao povo, que sabe reconhecer àqueles que realmente caminham ao seu lado.

“Que noite! O céu registrou a grandeza, mas foi no chão, no calor dos abraços e nas mãos dadas, que a verdadeira festa aconteceu. 
Cada olhar, cada riso, cada passo dançado…
A 30ª Festa das Mães do São Francisco foi mais do que um evento — foi um reencontro de corações. Nós, eu e Thay Evangelista estávamos ali, como sempre: entre as pessoas, sentindo junto, celebrando cada história, cada conquista. 
Porque mãe não é detalhe. Mãe é o centro. É começo, meio e sempre”, expressou Neto Evangelista.

  Publicado em: Política

Uma Justa homenagem ao saudoso Zé Gentil…

Publicado em   19/maio/2025
por  Caio Hostilio

Em comemoração ao 85 anos do saudoso deputado Zé Gentil, caso estive vivo, o seu filho Fábio Gentil e o seu neto Gentil Neto lhes prestaram uma justa homenagem. Mostrando que suas formações foram pautadas na humildade, na paciência e, principalmente, no seu jeito de ser gente como sua gente, de Zé Gentil.

Tanto Fábio Gentil quanto Gentil Neto expressaram suas  gratidões, admiração e respeito por àquele que lhes renderam a veia política, porém sem deixar de lado a alegria de está entre as pessoas.

Para Fábio Gentil, “Hoje lágrimas são inevitáveis, pois se estivesse vivo, meu querido pai, completaria 85 anos. E juntos, com toda certeza, iríamos celebrar esta data tão especial. A saudade invade meu peito todos os dias. Mais sigo sendo forte e seguindo cada um dos seus exemplos”

E para Gentil Neto, “Hoje o coração aperta um pouco mais. Meu avô, Zé Gentil, completaria 85 anos se ainda estivesse entre nós. Apesar da ausência, sua presença continua viva em mim — nos valores que me ensinou, na maneira como tratava as pessoas e no amor que tinha por nossa terra. Zé Gentil foi mais do que um avô. Foi exemplo, foi alicerce, foi inspiração. Tudo o que sou carrega um pouco do que ele foi. Hoje, como neto e como prefeito, presto essa homenagem com respeito, saudade e eterna gratidão. Descanse em paz, vô”.

Ambos reconhecem o papel fundamental de Zé Gentil em suas formações, logo é uma atitude extremamente nobre, e somente é própria quando sua manifestação é proveniente da sensibilidade. Quem não sabe reconhecer outrem deixa de experimentar a grandeza de si próprio, ao mesmo tempo em que perde a oportunidade de expressar o privilégio de si mesmo.

  Publicado em: Política

Sensatez!!! Ex-Presidente Sarney diz que 8 de Janeiro não foi tentativa de golpe

Publicado em   19/maio/2025
por  Caio Hostilio

(Pedro Ladeira/Folhapress)

Obs do blog: É evidente que o objetivo e prender Jair Bolsonaro e, assim, deixar a reeleição de Lula à vontade. O jogo é tão bruto, que tudo é definido pela Primeira Turma do STF, cujos ministros são centrados em condenar, mesmo sabendo das truculências e arbitrariedades jurídicas. Cadê a tal democracia? O que se ver é uma ditadura disfarçada com as vontades de um sistema carcomido. 

Entrevistado pela jornalista Isabella Alonso Pango, Sarney continua influente nos bastidores de Brasília e acompanha com interesse a movimentação política.

Veja a íntegra da entrevista:

O maior legado da passagem de José Sarney (MDB) pela Presidência (1985 a 1990) foi guiar o país durante a saída da ditadura militar, um dos momentos mais críticos da história brasileira.

Alçado ao cargo máximo da República após a morte de Tancredo Neves, o nome que havia sido ungido pelo Colégio Eleitoral, Sarney enfrentou desde o início a resistência de setores das Forças Armadas que não queriam a passagem de bastão do poder para os civis, mas conseguiu conduzir o governo no fio da navalha, em um movimento decisivo para pacificar a nação.

O que o senhor pensa sobre a volta dos militares à política e o fato de parte deles estar no banco dos réus por tentativa de golpe de Estado?

Jamais qualquer golpe de Estado ocorrerá neste país, porque já tivemos algumas experiências que foram danosas à nossa tranquilidade democrática. Isso não ocorrerá mais. Os próprios militares chegaram à conclusão de que o melhor regime é o do povo para o povo, e não qualquer aventura autoritária. O presidente Ernesto Geisel (que chefiou a ditadura militar entre 1974 e 1979) deu a diretriz de que devia haver uma transição lenta, gradual e segura. Nós não fizemos a passagem à democracia por meio de uma batalha militar, em que teríamos que decidir pelas armas, mas, sim, por um processo de engenharia política muito bem construído. Os militares hoje têm essa consciência democrática e estão dedicados a seus deveres constitucionais.

A democracia chegou a entrar em risco logo depois do fim da ditadura? Não devemos deixar de dizer que houve ameaça. Após a ditadura Vargas, o deputado Otávio Mangabeira, na Constituinte de 1946, disse que a democracia era planta tenra, com a qual devemos ter cuidado dia e noite. Thomas Jefferson dizia que o preço da liberdade é a eterna vigilância. O Brasil hoje tem instrumentos democráticos consolidados nas instituições que criamos. Na noite da minha posse como vice-presidente, na sucessão de Tancredo, que estava doente, o general Walter Pires, ministro do Exército de João Figueiredo (último presidente da ditadura militar), foi a Golbery do Couto e Silva, chefe da Casa Civil, e disse que iria aos quartéis para que eu não tomasse posse. Figueiredo não me passou a faixa presidencial, mas aquilo foi apenas simbólico.

O ataque aos Três Poderes no 8 de Janeiro foi tentativa de golpe?

Não. Houve um excesso de judicialização da política e de politização da Justiça.

O que acha das punições que têm sido arbitradas pelo STF aos envolvidos no episódio?

O Supremo deve ter em mente que, enquanto nós tivermos o sistema penitenciário que temos, ele será uma escola de crime em vez de ser um lugar de recuperação, para que os presos possam desfrutar uma vida futura recuperados. Isso tudo não funciona. Enquanto for assim, as penas devem ser punições que não afetem a lotação penitenciária. Nós temos que abandonar os processos políticos e ver as coisas factualmente.

Qual deve ser o destino dos acusados de tentativa de golpe de Estado julgados agora no Supremo, entre eles o ex-presidente Jair Bolsonaro e generais de quatro estrelas?

Não conheço os processos. Não posso julgá-los, não posso ser temerário para fazer uma coisa dessas. Mas, sem dúvida alguma, se tiverem culpados, que eles sejam punidos; se tiverem inocentes, que eles sejam absolvidos.

O senhor concorda com a crítica de que haveria um excesso de ativismo por parte do STF?

Quanto ao Supremo e à Justiça, quero usar a palavra do ministro Nelson Jobim, que foi quem detectou, em primeiro lugar, esse processo de judicialização da política. O Judiciário não ficou imune a ele nem à politização da Justiça. Os partidos têm muita culpa nesse processo, porque começaram a fazer decisões que deveriam ser da classe política serem submetidas à Justiça. Os juízes, julgando questões políticas, evidentemente tiveram que adotar posições políticas. Castelo Branco, primeiro presidente do período militar, disse algo que vale até hoje. Ele alertou que o Exército tivesse cuidado com as vivandeiras de papel. A Justiça e os partidos políticos também devem ter cuidado com as vivandeiras que ficam instigando esses processos que levam a democracia a ser envolvida.

Qual é a raiz desse problema?

Não temos tradição de partido nacional. Isso é recente, data de 1945, da Lei Agamenon Magalhães. Até então, eram só partidos regionais e estaduais. Argentina e Uruguai possuem partidos centenários. Nós temos siglas com apenas cinco ou dez anos. Há uma infinidade de agremiações que só fazem atrapalhar o processo. A democracia precisa de legendas fortes para termos uma democracia forte. A falta disso leva o sistema a essa grande confusão. Os partidos se formam e vão se juntando de acordo com interesses eleitorais, e não por interesses mais altos.

Quais seriam os principais eixos de uma reforma política?

Acabar com o voto proporcional e adotar o sufrágio distrital misto, mais ou menos como os modelos da Alemanha e da França. E passarmos para um parlamentarismo moderado, do tipo francês (no qual o Parlamento escolhe o primeiro-ministro). Sou muito convicto de que esse tipo de presidencialismo que está sendo seguido por aqui, de composição, de arregimentação, é um presidencialismo que não funciona, como não tem funcionado, e não serve para fortificar as instituições.

As emendas parlamentares nasceram na Constituição de 1988 e hoje são um motivo de crise entre os poderes. O senhor acha que esse instituto foi deturpado?

Esse caso é profundamente lamentável. A maior tarefa do Parlamento, para a qual ele foi instituído na Inglaterra no século XI, é justamente a votação do Orçamento. As emendas são feitas para melhorar o Orçamento, com a visão que os deputados têm de grandes projetos, dos projetos que estão demandando recursos, dos que têm recursos demais. Mas elas foram transformadas em meio para beneficiar a reeleição, o que é terrível. Não é nem para ajudar parte dos estados, mas a reeleição de cada um, dando margem a acusações de natureza muito séria. Acredito que o Congresso está atento a isso. O presidente da Câmara, Hugo Motta, é um homem muito atualizado, e ao mesmo tempo é dessa nova geração de bons políticos que estão surgindo no país. O mais certo seria que o próprio Parlamento tomasse providências. Entregar isso ao Judiciário é uma judicialização da política mais grave ainda.

O ex-presidente Michel Temer, também do MDB, estaria ajudando na construção de uma candidatura de direita, que poderia ser mais moderada, para 2026. O senhor acha que isso pode ser uma boa saída?

Se ele estiver articulando um candidato, teremos que ver dentro do partido como vamos nos posicionar. Acho que o presidente Lula deve ter o nosso apoio, porque ele tem feito bons governos e, ao mesmo tempo, é um homem comprometido com o processo democrático. Com ele, nós não teremos, em nenhum momento, tentativas que possam abalar a democracia.

O senhor apoia então que Lula tente um quarto mandato presidencial?

Penso que o MDB deve apoiá-lo se ele for candidato. Nós já o apoiamos, temos uma relação boa com Lula. Sou presidente de honra do MDB, partido com a maior tradição de militância no Brasil. Aliás, o único que restou da sucessão histórica dos nossos partidos, de modo que até hoje resiste a essas modificações todas. As siglas tradicionais foram todas tragadas. O MDB mantém-se firme nessa direção. O presidente Temer é uma reserva do nosso partido. Comigo, ele não falou ainda a esse respeito e acredito que, em algum momento, ele falará.

Lula esteve na Rússia e na China nos últimos dias e defendeu que o Brasil amplie relações com esses dois países. O que acha da política internacional do atual governo?

Eu também visitei a Rússia. Fui o primeiro presidente do mundo a visitá-la quando ela ainda estava saindo da União Soviética. Estive com Mikhail Gorbachev, de quem me tornei uma pessoa próxima. Ao mesmo tempo, estive na China. Lula está seguindo aquilo que se chama de política independente internacional, que o Brasil tem que ter.

Qual deve ser a relação do Brasil com o governo Trump?

Como se diz na nossa terra, não devemos cair em casca de banana. Devemos preservar a nossa relação com os Estados Unidos livre de quaisquer acidentes que sejam resultados do relacionamento entre pessoas. É um país que merece grande respeito, porque sempre exerceu sua presença no mundo por meio dos princípios da democracia, nunca por modos autoritários. Não será Trump quem vai destruir essa imagem. Mas temos de preservar a independência. Se o governo americano impuser taxas excessivas, é preciso repeli-las. Devemos ter boa relação com os Estados Unidos, mas sermos um país maduro, com independência e que pode exercer sua soberania tomando as decisões que precisa tomar. E não aceitar as provocações de Trump. Ninguém sabe o que ele pensa. Meu avô dizia: “Nunca corra atrás de um louco. Você não sabe para onde ele vai”.

O senhor acha que essa onda de direitas radicais, da qual Trump é um exemplo, ainda vai se sustentar por muito tempo?

É uma fase que vai passar, porque o mundo vive em condições cíclicas. A tendência da direita extremamente radicalizada é morrer e nós buscarmos uma área de equilíbrio. Por isso a necessidade de diálogo, de convencimento, das fórmulas de paz e, sobretudo, do entendimento entre as nações. Jamais a violência.

O senhor foi senador pelo Amapá. Uma das polêmicas na região é a explo­ra­ção de petróleo na foz do Amazonas. Qual é sua posição?

Não explorar petróleo ali é uma forma de radicalismo na área ambiental. Há técnicas por meio das quais se pode evitar qualquer problema. Deve-se exigir que se faça o que deve ser feito para que nenhum dano ocorra. Mas não podemos abdicar de explorar petróleo em uma área daquela, até porque nossas reservas têm prazo para acabar.

  Publicado em: Política

VÍDEO – Deputada Mical repudia “ofensas repulsivas, imorais e covardes” contra ela

Publicado em   17/maio/2025
por  Caio Hostilio

A deputada Mical Damasceno (PSD) foi às redes sociais repudiar e classificar como “ofensas repulsivas, imorais e covardes” as palavras misóginas e sexistas, divulgadas pela mídia maranhense, supostamente creditadas ao vice-governador Felipe Camarão (PT), em conversa, no Whatsapp, com o blogueiro Victor Landim.

“Não é minha voz que incomoda, é o que ela defende”, diz Mical, referindo-se a bandeiras como família e fé.

A parlamentar aponta que o ato é “uma violência política sem limites” não apenas contra ela, mas contra todas as mulheres.

“Jamais imaginei que na vida pública teria que enfrentar tamanho desrespeito. Fui eleita para servir o povo, amparar as famílias e defender os princípios cristãos, os valores em que acredito”, declara a deputada.

Mical também aponta que o ato se caracteriza como “crime, abuso de autoridade e indigno de um representante do povo”.

“Não é a primeira vez que ele [Felipe Camarão] menospreza o segmento evangélico. E digo mais: vai ser a última vez que o fará sem resposta. Na política maranhense, é hora de dizer basta, chega de arrogância, chega de covardia, chega de homens no poder que ofendem e acham que ficarão impunes”, ressalta a parlamentar.

  Publicado em: Política

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